Numa inversão da linha moral mais comumente vista nos filmes de terror adolescente, as virgens ocupam o primeiro lugar no cardápio de Medo em Cherry Falls, uma digressão mais ou menos bem-sucedida a partir de material já familiar que tem potencial para ganhar status de cult menor, especialmente no mercado externo. Essa história sobre um louco à solta numa cidadezinha da Virginia está se saindo muito bem em alguns países europeus, e, a partir de 20 de outubro, será transmitido pela rede a cabo USA Network. O filme rendeu surpreendente 1,3 milhão de dólares em suas primeiras duas semanas de exibição no Reino Unido.
Medo em Cherry Falls começa com dois colegiais namorando no carro, à noite, quando a transa é terminalmente interrompida por um assassino louco. Imediatamente depois, a mesma coisa parece estar prestes a acontecer a Jody (Brittany Murphy) e seu namorado Kenny (Gabriel Mann), mas desta vez quem os interrompe é a mãe de Jody (Candy Clark).
Após a morte de outra garota da cidade, que também aparece com a palavra "virgem" gravada no lado interno da coxa, o FBI aparece em cena, para o desprazer do xerife local, Brent Marken (Michael Biehn), pai de Jody.
O medo espalha-se na cidade quando Brent divulga o modo de operação do assassino, e os pais dos estudantes reagem chocados quando os alunos do colégio George Washington anunciam sua solução para o problema: que todos transem o quanto antes.
Enquanto são pregados cartazes do Holocausto de Hímens que terá lugar num hotel abandonado, Jody começa a investigar por conta própria os assassinatos, que parecem ter ligação com uma estudante que deixou a cidade misteriosamente 27 anos atrás, depois de ser estuprada por quatro atletas do colégio.
Embora não se iguale a seu primeiro filme, Skin Heads -- A Força Branca, Medo em Cherry Falls pelo menos é muito melhor do que o segundo trabalho do diretor australiano Geoffrey Wright, Selvagens e Perigosos.