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Britânicos lamentam presença fraca de país em Cannes

Quinta, 10 de maio de 2001, 13h36

O cinema britânico, que se fez notar por sua ausência do festival de Cannes, pode ter caído vítima de seu próprio sucesso.

Vistos por muito tempo como fortes em integridade artística mas fracos de bilheteria, os cineastas britânicos começaram a inverter essa equação.

O preço disso, para alguns entendidos, é a ausência, pela primeira vez na história recente, de filmes britânicos concorrendo à Palma de Ouro em Cannes.

Enquanto Cannes ovacionava a beldade australiana Nicole Kidman e seu novo filme, Moulin Rouge, os comentaristas britânicos que cobrem o festival mergulharam numa autocrítica.

"Não acho que essa ausência britânica seja um mero contratempo", disse à Reuters Adam Minns, editor de cinema britânico da Screen International. "Está ocorrendo um movimento em direção aos filmes comerciais na Grã-Bretanha, e essa tendência vem se acelerando nos últimos dois anos".

Ele disse que no ano passado cinco filmes britânicos renderam mais de 10 milhões de dólares de bilheteria nacional. Entre eles estavam Snatch - Porcos e Diamantes, de Guy Ritchie, e o grande sucesso Billy Elliot.

Agora a comédia romântica ``O Diário de Bridget Jones'' está arrasando nos cinemas mundiais, tendo arrecadado 45 milhões de dólares em apenas 24 dias na América do Norte.

Mas, para o Conselho de Cinema britânico, organismo financiado pelo governo, o cinema britânico está bem representado em Cannes, sim, mesmo que não esteja concorrendo aos prêmios mais importantes.

Reuters

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