Ranking
Colunistas
Festivais
Chats
Newsletter
E-mail
Busca
 

Filme tragicômico sobre guerra da Bósnia é aplaudido em Cannes

Segunda, 14 de maio de 2001, 17h03

A guerra da Bósnia aparece com todo o absurdo de um pesadelo numa obra de estréia contundente - No Man's Land - no festival de Cannes deste ano.

Um dos filmes de menor orçamento incluídos no fulgurante evento, No Man's Land foi ovacionado de pé por dez minutos e está suscitando enorme interesse por parte de distribuidores globais.

"Este é um filme contra a guerra. Tem apelo universal", disse à reportagem o roteirista e diretor, o bósnio Danis Tanovic, em entrevista concedida na segunda-feira.

Cômico e trágico em doses iguais, o filme conta a história dos soldados Ciki (bósnio) e Nino (sérvio). Estão presos juntos na Terra de Ninguém - uma trincheira entre as posições sérvia e bósnia -, com um soldado bósnio ferido deitado ao lado deles, em cima de uma mina armada para explodir se ele se mexer.

Enquanto os dois tentam negociar uma saída, um corajoso soldado da ONU desafia as ordens que recebeu e sai em sua ajuda, com a imprensa internacional vindo em seu encalço.

O impasse resultante é aliviado por muito humor negro e mostra um microcosmo das insanidades da guerra.

No Man's Land custou apenas 1 milhão de dólares e foi filmado na república ex-iugoslava da Eslovênia. A pós-produção foi concluída apenas cinco dias antes de sua estréia em Cannes.

Apesar do tema sombrio, o humor nunca está muito longe no filme. Em dado momento, um soldado bósnio faz expressão incrédula e chocada quando lê o jornal. Seus amigos acham que ele deve ter lido a notícia da morte de algum parente, mas não é isso. "É horrível o que está acontecendo em Ruanda", comenta o soldado.

Reuters

mais notícias
 
Copyright© 1996 - 2001 Terra Networks, S.A.
Todos os direitos reservados. All rights reserved