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Pearl Harbor tem pré-estréia a bordo de um porta-aviões

Terça, 22 de maio de 2001, 10h51

O ator Ben Affleck em cena do filme
Hollywood mudou-se para o Havaí na noite desta segunda-feira para fazer a pré-estréia do filme Pearl Harbor no mesmo lugar em que os japoneses atacaram a frota americana no Pacífico há quase 60 anos, ocasionando a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

A pré-estréia da superprodução foi realizada a bordo do porta-aviões USS Stennis, com uma festa para 2.000 pessoas e que, segundo rumores, custou US$ 5 milhões. A première foi uma das maiores da indústria cinematográfica, digna de um campeão de bilheteria que os produtores esperam que o novo filme seja.

"Levou quase dois anos para essa criança nascer", comentou o produtor Jerry Bruckheimer. Sobreviventes do histórico ataque elogiaram a produção de US$ 135 milhões e as autoridades locais esperam que o sucesso do filme atraiam mais turistas para a região.

Mas a boa recepção do fime não foi universal. Clayton Ikei, da Liga de Cidadãos Sino-americanos no Havaí protestou contra uma cena que, segundo ele, sugeria espionagem da parte dos sino-americanos. Art Koga, outro membro da liga, afirmou que a Disney, o estúdio que produziu o filme, deveria ter prestado homenagens aos sino-americanos que lutaram na Europa, libertaram Dachau e resgataram o Batalhão Perdido. Koga, no entanto, ressaltou o fato de que os militares japoneses não foram tratados como "a raça do Mal", como geralmente acontece nos filmes americanos.

Exageros

Os puristas também fizeram algumas objeções aos exageros históricos, incluindo uma cena em que os astros Ben Affleck e Josh Hartnett derrubam sete aviões.

Mas Dan Hand, superintendente do centro de visitantes em Pearl Harbor, que se transformou em um parque nacional, disse que, apesar da falta de precisão em alguns momentos, o filme de ação oferece detalhes nunca vistos e captura vários exemplos de heroísmo, inclusive o gesto de marinheiros que levantavam de suas macas quando viam alguém mais seriamente ferido.

AFP

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