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Cineasta lança curta O Poeta em Curitiba

Quinta, 21 de junho de 2001, 20h24

Um poeta feito de imagens e sentimentos. Um poeta que já nasceu com sucesso, pelo menos nas grandes telas, onde conseguiu respeito e reconhecimento. Depois de duas premiações no Festival de Cinema, DCine e Vídeo de Curitiba e outras indicações em para festivais de cinema brasileiros, reconhecidamente avessos aos filmes de animação, o curta-metragem O Poeta, do cineasta Paulo Munhoz, será lançado nesta quinta, na Cinemateca de Curitiba.

O projeto - aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura em 1998 - fez parte da lista dos 22 audiovisuais paranaenses que esperam pelo repasse das verbas da Secretaria de Estado da Cultura para serem finalizados. O curta teve o apoio da Caixa Econômica Federal, que bancou a maior parte dos R$ 80 mil orçados, e o restante do dinheiro saiu dos bolsos da equipe. "Tínhamos tudo para terminar o filme. Só faltava o dinheiro. Esperamos reaver pelo menos uma parte dele quando a Secretaria da Cultura liberar a verba", comenta Munhoz. Os dois anos em que o filme ficou parado esperando o patrocínio foram, na opinião do diretor, essenciais para o amadurecimento da obra. "Passamos por um processo de coincidências, influências e sincronismos. O roteiro inicial falava sobre um passeio poético do artista por sua cidade. Percebemos depois, com muitas leituras e estudos sobre outras visões de mundo - algumas delas que percebem o mundo como um conjunto de conversas - que a cidade do artista era sua própria linguagem. Durante o processo de escrita de uma carta, o poeta toma contato profundo com o pensamento verbal e com as questões relativas à comunicação humana. É uma obra aberta, que permite muitas leituras, de acordo com as experiências individuais de cada espectador", diz. Do ponto de vista estético, O Poeta foi concebido como uma projeção bidimensional de um holograma formado pelo universo da cidade inspirada em Curitiba (animação em 3D), pelo quarto do poeta (ação livre e rotoscopia - intervenção semelhante a um processo de pintura sobre as imagens filmadas), e pelos pensamentos do poeta (representados em animação 2D e composições). "A animação permite um jogo no campo da imaginação, da criatividade sem limites, dos recursos inesperados. As gerações mais antigas do cinema brasileiro não deram muita atenção a esta linguagem. Queremos mostrar suas possibilidades, seus atrativos. O público gosta da animação", comenta o diretor, que confirma a seleção do filme para o Animamundi, um dos mais importantes festivais internacionais da animação.

Investnews/ Gazeta Mercantil

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