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Drama/ Comédia
título Bem-Vindos
título original Tillsammans
diretor Lukas Moodysson
nossa opinião sem classificação
ano 2000
país de origem Suécia/ Dinamarca/ Itália
duração 106 min
língua Sueco
cor Cor
som DTS / Dolby SR
classificação
elenco Lisa Lindgren, Michael Nyqvist, Gustav Hammarsten, Anja Lundkvist, Jessica Liedberg, Ola Norell, Shanti Roney, Sam Kessel, Emma Samuelsson
site oficial não tem
 
Resenha
Divulgação
Bem-Vindos mostra esquerda na Suécia dos anos 70

O segundo longa-metragem do diretor Lukas Moodysson transmite tanta segurança quanto seu primeiro filme, o internacionalmente aclamado Amigas de Colégio (Fucking Amal).

Veja também:
» Trailer do filme

História de uma comunidade em Estocolmo em meados dos anos 70, Bem-Vindos mistura drama com humor, sátira e afeto, com ótimo efeito.

Vítima de maus-tratos de seu marido Rolf (Mikael Nykvist), Elisabeth (Lisa Lindgren) se muda com os filhos, Stefan (Sam Kessel) e Eva (Emma Samuelsson), para a comunidade Together, organizada por seu irmão Goran (Gustaf Hammarsten) num casarão num subúrbio de Estocolmo.

A vida na comunidade é muito diferente de tudo que eles conhecem. As pessoas têm atitudes casuais em relação à nudez, sexo, maconha e vinho. Além disso, o ambiente é constantemente carregado de discussões políticas.

A companheira de Goran é Lena (Anja Lundqvist), que acha que todos devem poder transar com quem quiser. Ela vai para a cama com Erik (Olle Sarri), que se rebelou contra sua educação burguesa, tornando-se o integrante mais revolucionário da comunidade. Com ele, Lena tem seu primeiro orgasmo, e, mais tarde, revela a Goran que sempre fingiu.

Entre outros integrantes da comunidade há o garotinho Tet (Axel Zuber) - o nome veio da ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietnã -, cujas brincadeiras têm nomes como Pinochet torturando presos no Chile.

Tudo o que acontece na casa é observado e comentado pelos vizinhos Margit (Therese Brunnander) e Ragnar (Claes Hartelius), cujo casamento é frio e sem vida.

Enquanto Ragnar se masturba no porão todas as noites, olhando revistas pornô, seu filho, Fredrik (Henrik Lundstrom), é gordo e infeliz.

Embora a ação do filme tenha ocorrido quando Moodysson tinha apenas 6 anos, o clima e os acontecimentos soam muito reais. O jovem roteirista e diretor capta perfeitamente o idealismo e cinismo que marcaram boa parte do movimento de esquerda na Suécia dos anos 70, quando tudo era visto por uma ótica politicamente colorida e até mesmo histórias infantis tradicionais eram qualificadas como "ferramenta capitalista e materialista".

Reuters

 
 
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