Demorou, mas eles voltaram. Cinco filmes e duas séries de TV (uma delas de animação) depois, os macacos retornam às salas de cinema com tudo que a atual tecnologia de Hollywood permite.Veja também:
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Se na comparação das histórias e impactos causados, o Planeta dos Macacos de 1968 ganha com folga, nos efeitos, maquiagem e cenários, como não poderia deixar de ser, a nova versão dá de goleada.
Isso sem tirar os méritos da produção e, principalmente, da maquiagem que deu vida a Zira, Cornélius, Zaius e tantos outros no final dos anos 60 e início dos 70.
De fato, a maquiagem do primeiro Planeta foi um marco na área, a ponto do responsável, John Chambers, ter recebido um Oscar especial por seu trabalho no filme, mais de uma década antes dela virar uma categoria específica da premiação. Antes dele, atores que interpretavam macacos usavam fantasias e máscaras, não maquiagem.
Atores mais livres
Com todos os novos recursos e um expert na área -Rick Baker, vencedor de seis Oscar, o último deles por O Grinch - os atores que interpretam os macacos em 2001 têm muito mais flexibilidade na interpretação.
Roddy MacDowall e Kim Hunter tinham pouca margem de manobra em suas expressões faciais, trabalhando mais com os olhos (e "sobrancelhas") e linguagem corporal, mas Tim Roth e Helena Bonham Carter ganham mais opções para usar seus rostos, ainda que eles sejam macacos "perfeitos".
E a nova cidade dos macacos é um show. Enquanto a versão anterior era, por assim dizer, muito humana - embora bem bolada -, agora ela tem inúmeras características daquilo que se poderia imaginar de uma sociedade símia evoluída, mas que ainda preserva sua... macaquice.