Himalaia traz retrato verdadeiro de região intacta do Tibet
Filmado no Dolpo, região nordeste do Himalaia (descoberto pelo mundo em 1952, e aberta aos turistas apenas em 1990). O filme foi realizado a partir de uma história real, com habitantes locais como atores. Filmado de setembro de 1997 a julho de 1998, o longa retrata o Dolpo (a 5 mil e 500 metros de altitude), última região de cultura tibetana intacta e autêntica.
A história começa mostrando o chefe Tinlé, que está furioso. Seu filho Lapka acaba de morrer e ele acredita que o herdeiro de uma família inimiga, Karma, o matou. Karma e Lapka eram os jovens líderes das caravanas de iaques (animais de carga) que, durante meses, descem alguns dos cinco mil metros de altitude para vender o sal em troca de grãos.
O sal é o único fruto da terra neste local gelado, sem vegetação ou árvores. O sal é a vida dos habitantes do Dolpo. Eles o retiram dos rios, secam, e põe os animais para carregar esta preciosa carga. Andam por semanas guiando os iaques em meio às mais violentas tempestades de neve, para trocá-lo pelo que será sua comida.
Por isto as caravanas nunca podem parar, mas como Tinlé não quer que Karma as lidere, sai em busca de um substituto. Vai falar com Norbou, seu filho que vive num mosteiro budista.
Mas ninguém pode ajudar Tinlé. Ele então pega o neto e a nora, e segue atrás de Karma em busca de vingança.