As Mulheres de Adam, que está sendo exibido na 25ª Mostra BR de Cinema, é uma comédia romântica, sexy e inteligente, produzida por Gerard Stembridge e que poderia ser descrita como um cruzamento entre Teorema, de Pasolini, e Quatro Casamentos e um Funeral. O sedutor novato Stuart Townsend é a presença dominante nesta história amoral sobre um rapaz irlandês atraente que, alegremente e sem esforço, atrai e leva para a cama uma família inteira, para o bem de todos os envolvidos.
Lembrando Quatro Casamentos em sua estrutura, feita de episódios, esta produção anglo-irlandesa pode ser modesta demais para virar grande sucesso de público, mas certamente vai agradar às platéias jovens.
A narrativa gira em torno da família Owens, cuja vidinha estável vira de ponta-cabeça com a repentina chegada de um misterioso sedutor chamado Adam (Townsend).
O roteiro pega as convenções temáticas do desejo sexual e da traição familiar, que, na maioria dos filmes, são usadas com fins moralistas, e os explora de maneira cômica positiva. Nenhum dos personagens é julgado ou visto como culpado de traição.
Numa noite como outra qualquer num elegante restaurante de Dublin, a garçonete Lucy Owens (Kate Hudson) cumpre seu ritual de cantar músicas de fossa, atender aos fregueses e queixar-se de sua falta de sorte no amor.
Um estranho bonitão entra na sala e, depois de olhá-lo uma única vez, Lucy se apaixona por ele. Cansada de sua sequência de namorados de curta duração, ela concorda em casar-se com Adam sem saber nada sobre ele.
Os dois namoram e o romance não demora a esquentar, mas Adam revela ser imprevisível, para dizer o mínimo, e em pouco tempo seu magnetismo conquista a família inteira de Lucy, composta de três irmãs e um irmão.