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25ª Mostra: Que Vivam as Mulheres! mostra traumas da Bósnia

Segunda, 22 de outubro de 2001, 17h07

O diretor francês Laurent Bécue-Renard trouxe para a 25a Mostra BR de Cinema um trabalho exemplar, na forma de um documentário sensível sobre o trauma da guerra da Bósnia (1992-1995).

Em Que Vivam as Mulheres Bécue-Renard colocou a câmera para acompanhar as sessões de terapia de um grupo de mulheres que perderam marido, filhos e outros familiares em combates ou no sujo acerto de contas das milícias.

Sedina, Jasmina e Senada são três mulheres que, durante um ano, participaram de um trabalho da ONG alemã Vive Zene, que lhes ofereceu as sessões de terapia como meio de retomada da vida.

Estruturado conforme as quatro estações do ano, o documentário usa as nuances da natureza para definir os sentimentos das protagonistas e mostrar que nada é definitivo.

No início, as mulheres têm dificuldades em tocar numa ferida ainda aberta, mas, lentamente, começam a contar seus dramas e acabam concluindo que precisam pensar no futuro de seus filhos. Por mais doloroso que possa ser, a guerra precisa ser deixada para trás.

Na seq ência final, a equipe de filmagem retorna às aldeias que elas tiveram de abandonar. Pela primeira vez depois da partida traumática, Sedina, Jasmina e Senada reencontram os restos de suas casas saqueadas e destruídas por milicianos ou vizinhos que não eram da mesma origem étnica.

O diretor participará nesta segunda-feira, após a exibição do filme Promessas (programado para as 20h40), de um debate sobre Intolerância Religiosa e Conflitos Étnicos, no Cinesesc.

Reuters

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