Ninguém duvida de que os grandes favoritos pelo prêmio principal do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro são O Invasor, de Beto Brant, e Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho. A especulação entre os participantes do evento é que a um deles caberá o prêmio de melhor filme, ao outro, o de melhor diretor - os vencedores do festival serão conhecidos nesta terça-feira.
Entre os atores, parecem mais certas as premiações para Selton Mello e Raul Cortez - este último como coadjuvante. Mas não seria uma total surpresa se o estreante Paulo Miklos surpreendesse como melhor revelação. Duro é acreditar que o júri terá coragem de fazer essa opção, ainda mais tendo em vista a extensa lista de serviços prestados por Raul Cortez à arte dramática.
Entre as atrizes, há menos controvérsia. Parece que Sabrina Greve e Eliane Giardini, de Uma Vida em Segredo, de Suzana Amaral, ficarão com os troféus da categoria, já que não se vê nos outros filmes papéis femininos de tanta densidade.
Uma exceção é Juliana Carneiro da Cunha, como coadjuvante em Lavoura Arcaica, que impressiona por sua atuação num papel praticamente não-verbal.
Prêmios técnicos, como fotografia e montagem, também devem percorrer a trajetória de Lavoura Arcaica. A premiação da fotografia de O Invasor, uma façanha técnica realizada por Toca Seabra a partir de uma filmagem em película de 16 milímetros com um uso muito particular da (pouca) luz seria uma opção do júri pela ousadia.
Para o prêmio do público, tudo parece caminhar na direção do documentário Samba Riachão, de Jorge Alfredo. Mas não seria surpresa se um ou outro prêmio secundário lhe fosse concedido - trilha sonora e montagem, por exemplo. Hors concours mesmo foi o próprio sambista Riachão, aos 80 anos a figura mais alegre e popular do festival de Brasília.
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