O Senhor dos Anéis, um dos livros que serviu de fonte de inspiração do gênero de aventuras fantásticas, será a partir da próxima quarta-feira a estréia cinematográfica mais esperada do ano e, possivelmente, o começo de uma grande saga.Com um orçamento de 300 milhões de dólares, que cobre a produção da trilogia inspirada nos livros de J.R.R.Tolkien, a chegada de O Senhor dos Anéis às telas é precedida de um fervor quase fanático.
A venda de entradas antecipadas assim o demonstra, um fenômeno mundial dado que o filme dirigido por Peter Jackson estréia simultaneamente em todos os mercados, exceto na Itália e no Japão.
Nos Estados Unidos inclusive foram programadas sessões de meia noite que, com as primeiras badaladas da próxima quarta-feira 19 de dezembro, começarão a projetar este filme épico de duas horas e 58 minutos que narra a história mais antiga do mundo, a luta do bem contra o mal.
A primeira parte da trilogia chegará em 5.000 cinemas nos Estados Unidos, cifra inferior à da outra grande estréia da temporada, "Harry Potter e a pedra filosofal".
No entanto, a esperança dos produtores e responsáveis pela distribuição é que o filme permaneça em cartaz até março.
Para isso, serão utilizados todos os incentivos necessários, com mais de 40 licenças concedidas para reproduzir estes personagens que habitam na "Terra Media" e cuja única tarefa é destruir um anel para vencer às forças do mal.
Haverá O Senhor dos Anéis até nas batatas fritas, literalmente, com figuras dos atores nas embalagens de fast-food, além da ressurreição dos livros para uma nova geração que não conheceu uma obra que revolucionou o gênero de aventuras fantásticas.
Este excesso publicitário preocupou os seguidores de uma obra tão popular, que conta com mais de 300.000 sites na Internet dedicados ao fenômeno.
No entanto, as críticas do filme não puderam ser melhores, com a presença dessa primeira saga fantástica no topo da lista dos melhores filmes do ano, segundo Rolling Stone e Entertainment Weekly, além de conseguir um prêmio especial para seu diretor do Associação Nacional de Críticos.
Com uma equipe de atores que inclui Ian McKellen, Elijah Wood, Viggo Mortensen, Cate Blanchett, Cristopher Lee e Liv Tyler, entre outros das mais de 2.400 pessoas que tornaram o filme possível, suas possibilidades de figurar de forma proeminente durante a entrega dos Oscar são cada vez mais reais.
"Para mim este projeto começou com uma só meta: Levar ao público esse extraordinário mundo que é a Terra Media de uma forma crível", sublinha Jackson.
A isso contribuiu uma produção rodada em sua totalidade na Nova Zelândia, um país que proporcionou paisagens fantásticas.
Nunca a glória pode ser completa e apesar de a trilogia de O Senhor dos Anéis ter sido rodada simultaneamente em pouco mais de um ano, só a primeira parte chegará aos cinemas.
Dentro de um ano, nos próximos natais será a vez da segunda parte, As Duas Torres, e dentro de dois anos, a conclusão, com O Regresso do Rei. "São estréias que talvez possam ser antecipadas, mas não acho que ocorrerá", comentou um porta-voz da New Line, com pleno conhecimento que, entre tanto fervor, o melhor é deixar um gostinho na boca do público para que ele volte e acompanhe até o final aquela que pode ser a maior saga de todos os tempos na história cinematográfica.