Personal Velocity, um drama que mergulha fundo na vida de três mulheres, ganhou o grande prêmio do júri de melhor longa no Festival de Cinema de Sundance, no sábado, numa cerimônia repleta de histórias pessoais sobre a luta para conseguir fazer cinema independente. Daughter from Danang, sobre a busca de identidade de uma refugiada vietnamita, ficou com o outro prêmio mais importante da noite, o grande prêmio do júri de melhor documentário.
O Festival de Cinema de Sundance é o maior ponto de encontro de cineastas independentes norte-americanos e tem lugar anualmente em Park City, Utah.
A co-diretora de Danang, Gail Dolgin, contou que, um ano atrás, estava prestes a desistir do filme porque não conseguira financiamento e estava lutando contra um câncer. Mas, exatamente quando concluía o tratamento médico, um patrocinador se comprometeu a financiar o filme.
Personal Velocity é o segundo filme que a diretora Rebecca Miller apresenta em Sundance. Em 1995 ela ganhou o troféu dos diretores e o prêmio de melhor fotografia por Angela, mas também teve muita dificuldade para encontrar financiamento para o segundo filme e quase desistiu.
Gary Winick ganhou o prêmio de melhor direção de um longa por Tadpole, a história do amadurecimento sexual de um garoto e sua paixão por sua madrasta, e, para completar, fechou um acordo de distribuição de seu filme com a Miramax.
O festival termina neste domingo, mas seu ponto alto foi a cerimônia de entrega dos prêmios, outorgados por júris de cinco membros e escolhidos entre 16 filmes em duas categorias: longas dramáticos e documentários.
Os grandes prêmios são decididos pelos júris, mas o público também tem a chance de escolher seus filmes favoritos. O prêmio do público para o melhor longa foi dado a Real Women Have Curves, e o de melhor documentário ficou com Amandla! A Revolution in Four Part Harmony.