O cineasta palestino Elia Suleimán, cujo filme Intervenção Divina levou às telas do Festival de Cannes um pouco do conflito entre israelenses e palestinos, denunciou o "fascismo de Israel" e criticou o líder Yasser Arafat.Veja também:
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Na coletiva que se seguiu após a exibição de seu filme, o cineasta tentou não responder a perguntas políticas, afirmando que não estava "aqui para fazer discursos políticos", mas ante a insistência de alguns jornalistas, disse que é um "pacifista e contra a violência".
Sobre Arafat, disse que "não estou de acordo com o que ele faz desde os acordos de Oslo, que tiveram por conseqüência a trágica situação que vivemos hoje. No entanto, ele é um símbolo para os palestinos, independentemente de sua política".
Disse ainda que não concorda com a criação de um Estado palestino, mas de um Estado que não seja nem judeu nem palestino, apenas um Estado melhor". Para ele, há fascismo em Israel e no mundo. "Olhem quantos regimes de convertem no que chamaria de uma espécie de fascismo democrático, marco de um sistema de eleições, com a ajuda dos meios de comunicação, manipulado e dominado por um império", analisou.