Ranking
Festivais
Canal DVD
Fox Film
Chats
Newsletter
E-mail
Busca
 

Cinema latino-americano deslumbra Cannes

Quinta, 23 de maio de 2002, 13h35

Os filmes latino-americanos continuam recebendo aplausos e elogios da crítica no Festival de Cannes, e muitos se perguntam por que nenhum representante da região foi incluído na seleção em competição.

Veja também:
» Cobertura completa do Festival de Cannes
» Fotos

Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, e Madame Satã, de Karim Ainouz, representantes de um cinema brasileiro classificado de "temivelmente eficaz" pelo jornal Liberation, tiveram a presença em Cannes comemorada pela revista especializada Le Film Francaise.

Ao comentar Cidade de Deus e sua força narrativa "sem afetações e sem cair na tentação da argumentação terceiro-mundista", o jornal Nice-Matin publicou: "O cinema latino-americano está se libertando do domínio cultural americano e encontrando sua voz, e sobre esta corrente cinematográfica latino-americana, esta Boa Onda, como começa a ser chamada, voltaremos a falar, sem dúvida, no próximo festival".

No caso dos filmes brasileiros, particularmente Cidade de Deus, sua ausência da seleção em competição pode ser explicada pelo fato de o cineasta Walter Salles ser seu produtor. O autor de Central do Brasil faz parte do júri deste 55º Festival de Cannes e o princípio de imparcialidade exclui a possibilidade de estar em competição um filme produzido por um membro do júri.

A crítica também não poupou elogios ao filme mexicano Japón, de Carlos Reygadas, em que vários críticos perceberam um cineasta de criatividade extraordinária, tendo reprovado apenas a longa duração da película. "Japón, obra orgulhosa e surpreendente, é um desses filmes que dão a impressão de terem descoberto uma jazida de petróleo estética", publicou o Liberation, enquanto a revista de cinema Zurban o classificou de "belo e enigmático, apesar da duração cansativa".

A Le Film Francaise assinala que, "paradoxalmente, a crise econômica, social e política que afeta a Argentina coincide com um período particularmente produtivo do cinema nacional", representado em Cannes por El Bonaerense, de Pablo Trapero, e Un Oso Rojo, de Adrián Caetano.

O filme de Trapero "deslumbra por seu domínio do espaço, dos atores, do relato, da textura da imagem, da trilha sonora, dos recursos do cinema: uma perfeição quase espantosa", publicou o Liberation. Já a obra de Caetano teve sua estréia mundial esta quinta-feira, em Cannes, e os críticos ainda não se pronunciaram. O autor de Pizza, Birra e Faso e Bolivia voltou a apresentar uma obra forte e comovente, em que os personagens são marcados pela violência social".

Madame Satã, Japón e o filme cubano Nada +, de Juan Carlos Cremata Malberti, disputam a Câmera de Ouro, que premia uma obra-prima de qualquer uma das seleções do Festival.

AFP

mais notícias


 
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2002,Terra Networks, S.A Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinante | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade