A solenidade de abertura do Festival de Gramado terminou na madrugada desta terça-feira após uma maratona de cinco horas de festa.

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Este ano, para a comemoração dos 30 anos do festival, o evento contou com a apresentação da recém-formada Orquestra Brasileira do Cinema, que executou o Hino Nacional e os temas dos filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol, Eu Te Amo, Dona Flor e seus Dois Maridos, O Quatrilho e Netto Perde Sua Alma.

O primeiro filme da noite foi o média-metragem Ismael es, Waleriano Duarte e Alan Rodrigues. O filme conta a história de um turista que, cheio de pose, resolve comer uma enorme tigela de açaí para desafiar um nativo mal-humorado.

O primeiro longa-metragem exibido em competição foi o chileno Táxi para Três, de Orlando L bbert, sobre o taxista Ulises Morales, abordado por dois ladrões e transformado em cúmplice em alguns furtos.

Endividado por conta das prestações do Lada que utiliza para trabalhar, o motorista acaba se rendendo aos apelos da dupla e vê no lucro dos assaltos a solução para seus problemas.

A produção se vale da premissa de que a ocasião faz o ladrão, e para provar essa tese transforma seus personagens em sujeitos carismáticos que têm preocupações do tipo se formar em jornalismo. Uma cruz feita por dois tapetes enrolados mostra o fardo do taxista.

Se em Táxi para Três a fé é a responsável por uma boa mudança no caráter de seus personagens, em Querido Estranho, de Ricardo Pinto e Silva, a religião é motivo de estagnação.

Com visível aspecto de produções televisivas, o filme se apoia em diálogos ácidos e irônicos que lhe dão tom de humor negro.

Nesta comédia dramática baseada na peça Intensa Magia, de Maria Adelaide Amaral, Alberto (Daniel Filho) é um velho mal-humorado que desconta na família suas frustrações.

Na noite de seu aniversário, quando também é anunciado o noivado da filha mais nova, ele decide que, mais uma vez, irá atormentar a todos com seus comentários azedos e desconcertantes.