Atualizada às 15h40A última noite de exibição do Festival de Gramado, na sexta-feira, parece ter reunido os mais fortes concorrentes ao Kikito, cujos vencedores serão anunciados na noite deste sábado.
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Na categoria longa-metragem brasileiro, a ótima comédia Separações, de Domingos de Oliveira, arrancou muitos aplausos ao contar o drama de Cabral, um diretor teatral casado com Glorinha, 25 anos mais nova que ele.
Depois de frenéticas discussões, o casal resolve dar um tempo e, nesse ínterim, Glorinha se apaixona pelo arquiteto Diogo. Dirigindo e protagonizando a fita, Domingos de Oliveira assina os costumeiros trocadilhos que tornam suas obras peculiares. Sem pudores, ele admite as limitações de seus personagens e, a partir deles, cria excelentes discussões sobre a natureza humana.
Para o público, o melhor parece ser o paulista Durval Discos, de Anna Muylaert, no qual Durval e sua mãe têm de cuidar de uma menina de 5 anos abandonada na casa deles pela empregada.
O filme ainda coloca Etty Fraser na disputa pelo prêmio de melhor atriz, ao lado de Débora Falabella, por Dois Perdidos Numa Noite Suja, de José Joffily.
Entre os latinos, é tida como certa a vitória do argentino-espanhol El Hijo de La Novia, de Juan José Campanella, muito superior a todas as outras produções exibidas e cujo perfil é capaz de agradar júri e público.
Outro Kikito quase certo é o de documentário para o excelente Edifício Master, de Eduardo Coutinho.
A história narrada pelo papagaio de Vida Secas em Como se Morre no Cinema, de Luelane Loiola Corrêa, é de boa qualidade e tem fortes chances de ficar com o prêmio de melhor curta-metragem.
Já na escolha do público, Vinte e Cinco, de Maria Ribeiro, e O Limpador de Chaminés, de Rodrigo John, estão entre os mais cotados.