A comédia Durval Discos, de Anna Muylaert, foi a grande vencedora do Festival de Cinema de Gramado, com sete Kikitos: filme, direção, roteiro, fotografia, direção de arte, prêmio da crítica e do júri popular.

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Entre as surpresa da noite de sábado, destaca-se o Kikito de melhor atriz para Priscilla Rozenbaum, pela atuação em Separações, desbancando a jovem Débora Falabella, de Dois Perdidos Numa Noite Suja.

O filme, inspirado na peça homônima de Plínio Marcos, levou apenas os prêmios de música e montagem. O troféu de melhor ator para Alexandre Moreno, de Como uma Onda no Ar, também foi considerado inesperado pela crítica.

Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o argentino El Hijo de La Novia era o favorito na categoria de longa-metragem latino. O júri, no entanto, preferiu premiar La Perdición de los Hombres, produção ainda agraciada com o prêmio de direção para o mexicano Arturo Ripstein.

Edifício Master, de Eduardo Coutinho, confirmou o favoritismo na categoria longa-metragem documentário. O júri também concedeu prêmio especial para Onde a Terra Acaba, de Sérgio Machado.

Repercussão
O diretor Carlos Reichenbach disse estar muito feliz com a premiação de Durval Discos. "O filme faz parte da minha vida. Além disso estou trabalhando com o diretor de fotografia, Jacob Solitrenick".

A crítica e pesquisadora do cinema brasileiro Maria do Rosário Caetano acredita que o júri foi ousado ao dar o prêmio principal ao estreante Durval Discos.

"Também é um milagre um filme agradar público, crítica e júri". O Festival ainda premiou o veterano Eduardo Coutinho, melhor documentarista do país, mas não deixou de lado o ótimo estreante Sérgio Machado, diretor de Onde a Terra Acaba, opinou.

O crítico Alessandro Giannini fez restrições ao prêmio de melhor atriz atribuído a Priscilla Rozenbaum.

Para ele, o Kikito deveria ficar com Débora Falabella por sua atuação em Dois Perdidos Numa Noite Suja. Na opinião do jornalista, Daniel Filho também merecia ter sido premiado como melhor ator por Querido Estranho.