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"É sempre assim", disse Raffaelle Casini, montando uma barraca de cerveja horas antes da abertura do 59o Festival de Cinema de Veneza, que começa nesta noite de quinta-feira.

A mais antiga "vitrine do cinema" no mundo está quase pronta para apagar as luzes, para a estréia de gala de Frida, de Julie Taymor, a história da vida da artista e revolucionária mexicana Frida Kahlo.

Os cinéfilos venezianos acham que o longa-metragem será um início perfeito para seu festival, famoso por proporcionar a produções de países menores e diretores menos conhecidos tanto espaço quanto aos grandes filmes de Hollywood.

"Veneza é uma encruzilhada de culturas e me orgulho por nosso festival de cinema refletir esse fato", disse à Reuters o prefeito de Veneza, Paolo Costa.

"Não é um festival esnobe. Enxergamos o cinema como arte e buscamos filmes bons, quer sejam feitos em Burkina Fasso ou pelos grandes estúdios norte-americanos", explicou.

SET DE FILMAGEM
A própria Veneza já foi usada muitas vezes como pano de fundo para filmes, na medida em que seus canais azul-esverdeados e seus palácios de tinta descascada satisfazem às idéias de beleza e romance de muitos diretores.

Além disso, a cidade é repleta de fanáticos por cinema que estão contando os minutos até a abertura do festival.

"Disseram que Sofia Loren virá este ano. Já assisti a todos os filmes dela, então, se puder vê-la em carne e osso, será a glória", disse o fotógrafo freelancer Giovanni Brunello, que persegue as estrelas nos últimos 20 festivais de Veneza.

Sofia Loren deverá vir para promover Between Strangers, produção no qual foi dirigida por seu filho Edoardo Ponti.