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Veneza: Far from Heaven critica a sociedade americana dos anos 50

Segunda, 02 de setembro de 2002, 12h30

Juliane Moore (Foto: AP)
O racismo e a homessexualidade são os temas dos filmes exibidos no quarto dia do Festival de Veneza, que apresentou em competição Far from Heaven, do americano Todd Haynes, com uma extraordinária Julianne Moore no papel de perfeita dona de casa dos anos 50.

» Confira a cobertura completa do Festival
» Leia entrevista com Juliane Moore

Tudo é perfeito e maravilhoso no filme do talentoso Haynes, autor independente (Poison, 1991), que se inspirou nos filmes de Douglas Sirk dos anos 50.

Mas a vida ideal de uma esposa americana modelo desaba quando ela descobre um marido homossexual e uma sociedade racista, tudo isso ilustrado com ironia, elegância e imagens de cartão postal.

"Quis abordar de forma implícita os grandes problemas da sociedade americana", declarou o diretor, que recordou que, enquanto nos anos 40 o tema do racismo e da orientação sexual podiam ser abordado, nos anos 50 foram completamente silenciados.

Os conflitos ocultos da classe média americana, a intolerância contra aqueles que quebram os padrões, a hipocrisia reinante constituída pela bela casa, as roupas magníficas ao estilo Doris Day as cores acaramelados de cada imagem marcam o filme.

"É uma declaração de amor por esses filmes antigos", assegurou Haynes, autor do roteiro, que se inspirou no lendário galã daqueles anos, Rock Hudson, que, trinta anos depois, antes de morrer de Aids, confessou ser homossexual.

Se os temas dos filmes realizados pelos cineastas de todos os continentes refletem as inquietudes do mundo contemporâneo, parece evidene que a intolerância contra os imigrantes ou contra os loucos, abordada em dois filmes, o espanhol Poniente, de Chus Gutiérrez, e o russo Dom Durakov, de Adrej Konchalovskij, figuram entre os mais significativos.

O filme de Gutiérrez, que compete pelo prêmio San Marco na seleção Contracorrente, narra a história da professora Lucía, que volta a seu povoado de nascimento depois de anos vivendo na capital, encontrando um inesperado mundo multiétnico, cheio de emigrantes e pessoas com medo uma das outras.

O tema da imigração é abordado por outro cineasta, o inglês Stephen Frears, que disputa na próxima quinta-feira a seção oficial com o filme Dirty pretty things, uma história de mistério que tem por personagem central um porteiro africano de um hotel de Londres que descobre um homicídio graças a uma camareira turca e uma prostituta chinesa.

AFP

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