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Festival de Veneza rouba os holofotes de Hollywood

Terça, 03 de setembro de 2002, 14h07

Depois do glamour hollywoodiano que dominou os primeiros dias do Festival de Veneza, o ícone pop francês Johnny Hallyday e problemáticos casais alemães trintões se tornaram as novas atrações da mostra nesta terça-feira.

» Confira cobertura completa do Festival de Veneza

O Elvis Presley francês - com a diferença de que continua vivo e encantando multidões -, Halliday é o protagonista de L'Homme du Train (O Homem do Trem), no qual faz o papel de um bandido que cria uma amizade inesperada com um professor refinado, representado por Jean Rochefort.

Dirigido por Patrice Leconte (do aclamado Ridicule), o filme mostra três dias intensos durante os quais um dos amigos se prepara para se submeter a uma cirurgia cardíaca e o outro, para assaltar um banco.

Da Alemanha vem o filme Nackt (Nus), sobre um grupo de velhos amigos que se reúne num jantar que acaba virando uma espécie de strip-tease coletivo, terminando numa dissecação de seus relacionamentos estanques e sua busca pela felicidade.

A produção é dirigida por Doris Dorrie, que ficou famosa com a comédia Men e, em seguida, com Enlightenment Guaranteed, ambos sobre os problemas de pessoas comuns.

Os dois filmes estão entre os 21 que concorrem ao Leão de Ouro, que será entregue no domingo.

A lista inclui três produções de Hollywood que foram exibidas no início do festival.

Frida, de Julie Taymor, abriu o festival mostrando Salma Hayek no papel da artista mexicana Frida Kahlo. O filme foi seguido por A Estrada da Perdição, de Sam Mendes, estrelado por Tom Hanks, e Far from Heaven, de Todd Haynes, com Julianne Moore.

Nos próximos dias serão exibidos meia dúzia de filmes e co-produções mais tradicionais, incluindo três filmes italianos, dois britânicos, dois alemães e um punhado de asiáticos vindos do Japão, China e Coréia, entre outros países.

Até agora, o mais bem cotado, segundo revistas especializadas, vem sendo The Magdalene Sisters, de Peter Mullan, que trata dos abusos aos quais meninas e moças foram submetidas em instituições beneficentes católicas na Irlanda.

Um filme que deve mexer com as emoções do público é 11/09/01 September 11, um trabalho de colaboração feito para lembrar o primeiro aniversário dos ataques de 11 de setembro aos EUA. Consta que o filme inclui alguns segmentos de tom fortemente antiamericano.

Reuters

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