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Takeshi Kitano fala sobre cultura hollywoodiana do "fast film"

Sexta, 06 de setembro de 2002, 18h45

Os filmes de Takeshi Kitano já conquistaram uma base fiel de fãs no Ocidente - mas que ninguém espere que o diretor japonês vá fazer as malas e se mudar para Hollywood no futuro próximo.

"Hollywood é como o McDonald's", disse o cineasta. "É um produto de massas muito bom e muito acessível, embalado com todos os elementos e exposto nos lugares onde todo o mundo quer comer", disse Kitano, pouco antes da estréia de seu novo filme, Dolls, no 59º Festival de Cinema de Veneza.

"Mas eu sou mais como um restaurante tradicional. Algumas pessoas podem gostar, outras, não. Não é bom para todo o mundo", disse o diretor de 55 anos, antigo humorista teatral.

"Mas não quero fazer concessões quanto ao estilo. Se eu ajustasse meu trabalho para atender às expectativas, minha carreira de diretor estaria acabada".

Em Veneza, porém, Kitano parece já ter um público cativo. Antes mesmo das luzes se apagarem para a exibição de Dolls, a platéia irrompeu em aplausos.

O longa conta três histórias de amor e destino, envolvendo um jovem casal amarrado por uma corda vermelha, um chefão velho da Yakuza e a garota que deixou para trás, e uma estrela pop desfigurada e seu fã fiel.

Em todas as três histórias trágicas, a morte vem bater à porta justamente quando os personagens parecem ter resolvidos profundos problemas emocionais, roubando deles o que deveriam ter sido seus finais felizes.

A tensão violenta que caracterizou produções anteriores do diretor, tais como Hana-Bi, Fogos de Artifício, ganhador do prêmio máximo em Veneza em 1997, e o mais recente Brother - A Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles, estava ausente de Dolls, mas, mesmo assim, Kitano diz que este é seu longa mais brutal e cruel.

"É de longe meu filme mais violento", disse o diretor. "A violência não é física ou visual, como em meus outros trabalhos. Mas é pior, porque é repentina e inesperada".

O ator de rosto impávido começou sua carreira como comediante, conhecido como "Beat" Takeshi, mas acabou migrando para papéis mais sérios e para a direção.

Um acidente grave em 1994 o deixou com o rosto parcialmente paralisado e parece tê-lo inspirado a fazer filmes ainda mais sérios e introspectivos.

Reuters

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