Jogando Boliche por Columbine, do diretor Michael Moore, em cartaz neste domingo pela 26ª Mostra BR de Cinema em São Paulo, é uma espécie de alerta sobre as raízes da violência com armas de fogo. » Saiba tudo sobre a 26ª Mostra
O documentário provocante foi inspirado no massacre da escola de segundo grau Columbine em Littleton, Colorado, em 1999, e teve boa aceitação do público no Festival de Cannes deste ano - o primeiro exibido em competição no festival francês em 46 anos.
"Talvez o filme sirva como algum tipo de aviso ao resto do mundo: 'não queremos nos tornar como a América'", disse o diretor recentemente.
Quando Moore, apresentador de programas cult da televisão norte-americana, volta seu humor cáustico para a cultura das armas, o resultado é alternadamente absurdo e assustador.
O filme começa com uma sequência em que Moore está abrindo uma conta num banco e, como presente de boas-vindas ao novo cliente, lhe oferece um fuzil.
As imagens subsequentes, porém, são quase insuportáveis de se assistir. Elas incluem cenas até agora inéditas gravadas pelas câmeras de vigilância que registraram os adolescentes Eric Harris e Dylan Klebold em seu avanço sangrento pela escola Columbine.
Os dois estudantes mataram 12 colegas e um professor antes de cometer suicídio.
"Ainda fico engasgado em determinados momentos do filme, porque sinto o desespero", disse Moore.
O documentário sombrio reflete um lado mais adulto e sério do diretor, conhecido principalmente por suas investidas humorísticas contra as grandes empresas, políticos de direita e injustiça social.
Sua notoriedade cresceu com o recente sucesso estrondoso de seu livro Stupid White Men, uma crítica contundente ao presidente George W. Bush com muito humor esculachado.
Para saber os horários de exibição deste filme, vá ao site da Mostra: https://www.mostra.org
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