O Pianista, filme destaque na Mostra BR de Cinema de São Paulo desta segunda-feira, é baseado na biografia de Wladyslaw Szpilman, músico polonês sobrevivente do gueto de Varsóvia e cuja família foi exterminada pelos nazistas no campo de concentração de Treblinka. » Leia mais notícias sobre a 26ª Mostra
Szpilman, que morreu em 2000, aos 80 anos de idade, é interpretado pelo norte-americano Adrien Brody (Pão e Rosas, Linha Vermelha).
O diretor Roman Polanski, responsável por clássicos como Repulsão, O Bebê de Rosemary e Chinatown, é judeu polonês.
Desde criança viveu num gueto na Cracóvia. A história que conta no filme é também uma parte de sua própria história, e a de todos os judeus da Polônia.
"Provavelmente é meu filme mais pessoal, porque pude utilizar meus próprios recursos", declarou o cineasta ao apresentar a obra no Festival de Cinema de Cannes deste ano. Escolheu o livro de Szpilman assim que o leu. A história do músico, "apesar do horror, é positiva e portadora de esperança", disse.
Talvez seja assim porque ele fala também de si mesmo e a narração é contida, sóbria, cheia de pudor. O Pianista é, sem dúvida, a obra mais convencional de Polanski do ponto de vista formal.
Tem narração linear de uma história pessoal, com fundo histórico, contado quase friamente. Entretanto, alguns momentos do longa parecem tocado por graça.
A música é um instante de bálsamo em meio a enorme sofrimento, mostrando que apesar de tudo é possível continuar confiando na humanidade.