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Mostra SP: Sempre Lilia retrata drama na Rússia e na Suécia

Sexta, 25 de outubro de 2002, 09h36

Montanha-russa emocional que transporta o público por um inferno de vida, Para sempre Lilia, uma das principais atrações de sexta-feira na 26ª Mostra BR de Cinema, é uma trama dramática que quase nunca dá trégua ao espectador.

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Com a história de uma jovem russa que escapa de uma vida sem esperança apenas para cair em outra na Suécia, o diretor e roteirista Lukas Moodysson (de Amigas de Colégio) firma sua posição como o cineasta mais interessante a trabalhar na Escandinávia atualmente.

Lilia (Oksana Akinshina) tem 16 anos e vive com sua mãe (Lyubov Agapova) "em algum lugar da antiga União Soviética". Feliz, ela conta a sua amiga Natasha (Elina Benenson) que vai se mudar para os Estados Unidos com a mãe e o novo namorado desta.

Porém, no dia da viagem, a mãe de Lilia diz que vai mandar buscá-la mais tarde. Enquanto isso, ela ficará aos cuidados de sua tia Anna (Liliya Shinkaryova), que imediatamente a expulsa do apartamento da família e a obriga a morar num local pequeno e sujo a algumas quadras de distância.

Lilia faz amizade com um garoto de 14 anos, Volodya (Artiom Bogucharski), que é repetidas vezes jogado na rua por seu pai. Já dependente de álcool e comprimidos, Volodya começa a passar cada vez mais tempo com Lilia, especialmente depois que ela o impede de cometer suicídio.

Numa boate, a amiga Natasha sai com um homem mais velho e dorme com ele em troca de dinheiro. Quando seu pai encontra o dinheiro, ela diz que o pegou de Lilia e que foi esta quem se prostituiu.

Em pouco tempo se espalha o boato de que Lilia topa dormir com qualquer um e ela tenta ignorar as pessoas que a maltratam.

Numa base de submarinos abandonada, Lilia e Volodya olham fotos da época comunista e cheiram cola juntos, falando de vida e morte.

Lilia ainda não recebeu nenhuma carta ou dinheiro de sua mãe nos EUA, e um belo dia as autoridades lhe informam que ela foi deserdada.

Nessa noite, Lilia vai à boate e de fato se prostitui. É lá, mais tarde, que ela conhece Andrei (Pavel Ponomaryov), um russo que trabalha na Suécia e a convida para ir para lá com ele, prometendo à garota trabalho e uma vida melhor. Na realidade, ela encontra tudo menos felicidade.

Embora o retrato da Rússia não seja lisonjeiro, a Suécia não aparece muito melhor, sendo mostrada como um país de ruas escuras com homens desumanizados que buscam sexo sem emoção.

Filmando quase inteiramente nas próprias locações, Moodysson e seu diretor de fotografia, Ulf Brantas, conseguem transmitir ao espectador até mesmo o cheiro da vida nas casas decadentes da Rússia, onde tudo está à venda e nenhuma droga é perigosa demais para ser experimentada.

Os diálogos são quase inteiramente em russo, com pouca coisa dita em inglês e sueco. No difícil papel-título, Akinshina (já vista em Sisters, de Sergei Bodrov Jr.) está ótima, e o novato Bogucharski, embora tenha um papel menor como Volodya, é um verdadeiro achado.

Reuters

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