O fim de um relacionamento é o pesadelo em que isso se transforma na vida de inúmeros casais é o tema de Separações, do dramaturgo e cineasta Domingos de Oliveira, um dos destaques brasileiros desta sexta-feira na 26ª Mostra BR de Cinema em São Paulo. » Leia mais notícias sobre a 26ª Mostra
Essa comédia existencialista filmada com câmera digital é inspirada na peça homônima de Oliveira e não esconde seu lado confessional e autobiográfico.
"Esse negócio de artista é uma coisa que eu inventei para não ter de acordar cedo", diz o personagem do diretor-ator.
A obra é mesmo uma extensão de Amores que também tem roteiro co-assinado por Priscilla Rozenbaum, atriz e mulher do cineasta.
Com Amores, Separações compartilha o otimismo e os costumeiros trocadilhos que tornam suas obras peculiares.
Cabral (Oliveira) é um diretor teatral casado com a atriz Glorinha (Rozenbaum), 25 anos mais nova. Depois de frenéticas discussões, o casal resolve dar uma pausa na relação e, nesse meio-tempo, Glorinha se apaixona pelo arquiteto Diogo.
O filme, então, se divide em quatro partes: negação, negociação, revolta e aceitação.
Nesse ponto, torna-se universal, admite as limitações de seus personagens e, a partir deles, cria excelentes discussões sobre a natureza humana.