O documentário A Voz de Ludmila conta, de forma modesta mas comovente, a história de amor e perda de uma mulher cujo marido morreu na catástrofe nuclear da usina de Chernobyl, na Ucrânia, nos anos 1980. » Saiba tudo sobre a 26ª Mostra
A estréia internacional do filme aconteceu no Festival de Cinema de Berlim 2002. Em São Paulo, o longa será exibido nesta terça-feira na 26ª Mostra BR de Cinema.
O cineasta Gunnar Bergdahl, também diretor do Festival de Cinema de Gotemburgo, já tinha feito o filme A Voz de Bergman, uma entrevista com o cineasta, sem acréscimos ou cenas intercaladas.
Em A Voz de Ludmila, ele entremeia cenas de Ludmila conversando com a câmera com imagens de noticiários, fotos paradas e imagens da longa viagem que ela fez de volta à área do desastre, com todas suas memórias trágicas.
Alguns elementos - como por exemplo, informações sobre a vida atual de Ludmila - estão ausentes, mas, visto como um todo, o filme é um estudo comovente sobre o amor e a impossibilidade de se esquecer um ente querido.
Em 1986, Ludmila e Vasili Ignatenko viviam em Pripyat, uma cidade nova erguida perto da usina nuclear de Chernobyl. Vasili era bombeiro. Ele foi chamado ao local do acidente na noite do desastre. Três semanas mais tarde, estava morto.
O filho que Ludmila carregava no ventre salvou sua vida: o bebê morreu cinco dias depois de nascer, mas absorveu a radiatividade que Ludmila pegara de Vasili.