Um homem na casa dos 50 anos de idade que corre atrás de mulheres de 20 e poucos fica confuso com o que recebe em uma portentosa noitada em Almas Caridosas, destaque de quarta-feira na 26ª Mostra BR de Cinema, em São Paulo. » Saiba tudo sobre a 26ª Mostra
A trama é típica de incontáveis filmes franceses, mas a atuação charmosa e displicente de François Berleand no papel de eterno adolescente e o toque leve do diretor Thomas Bardinet fazem de Almas Caridosas um trabalho agradável, embora modesto.
A roda-viva de encontros românticos, boa parte dos quais frustrados, começa quanto o pintor Jacques Berleand, um sujeito que não tem um tostão furado no bolso, prepara um jantar no qual pretende seduzir a estudante Claire (Laetitia Coti), mas acaba trancado para fora de seu apartamento, só de cuecas.
As roupas esdrúxulas que ele empresta para usar viram piada constante quando sua vizinha Helene (Laure Duthilleuil) engana sua ex-mulher, Christine (Aurore Clement) - que está à procura do filho do casal, Sebastien (Thibault Boidin), fugido de casa - sobre a identidade de Claire, dizendo que ela é a noiva do filho.
O título foi inspirado por uma canção de Michel Polnaref que fez sucesso em 1967 (Les Ames Calines) que toca sem parar no apartamento trancado.