Um milionário à beira da morte retorna a seu país natal e enfrenta seu passado violento em Sinfonia do Silêncio, o primeiro pré-candidato da Armênia ao Oscar de filme estrangeiro e uma das principais atrações desta quinta-feira, último dia da 26ª Mostra BR de Cinema. » Leia mais notícias sobre a 26ª Mostra
Embora as atuações dos atores sejam convincentes, faltam ao filme o peso emocional e a sutileza que seriam necessários para levar o público a sentir empatia com o protagonista da história, Mel Divan (Michael Poghossian).
Criminoso reformado e residente nos Estados Unidos, Divan, já doente em fase terminal, retorna à Armênia, seu país de origem, para saldar uma dívida de anos atrás com um amigo.
Quando o hospício do qual escapou há 25 anos é oferecido em leilão, Mel desiste de seus planos de deixar o país rapidamente e, em lugar disso, compra a instituição.
Instalando-se como diretor do hospício, ele promove uma limpeza e uma restauração geral no dilapidado hospital e acaba criando laços de amizade com os pacientes, que o saúdam como seu salvador.
Mas outros na Armênia, incluindo as pessoas das quais, no passado, ele roubou milhões, querem acertar as contas.
Tentando urgentemente fugir de seus inimigos e adiantar-se ao avanço da doença, Mel se vê cara a cara com seu destino.
O diretor Vigen Chaldranian carrega na iconografia religiosa e na música de Gary Kesayan. Em consequência disso, a mensagem chavão do filme - que são as pessoas "normais" e não os internados no hospício que são loucas - soa ao mesmo tempo forçada e familiar demais.