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Sandra Bullock quer apostar mais nas comédias

Quinta, 06 de março de 2003, 18h34

Sandra Bullock prefere que riam dela do que a amem, pelo menos na tela.

A atriz de 38 anos descreveu ``Amor à Segunda Vista'', o novo filme em que faz par com Hugh Grant, como sua última comédia romântica -- o gênero que lhe conferiu status de estrela, com ''Enquanto Você Dormia'' (1995).

Mas agora ela corre o risco do gênero virar uma prisão da qual ela não consegue se libertar. O longa estréia no Brasil nesta sexta-feira.

``Não quero mais fazer comédias românticas, mas isso não significa que não farei comédias'', disse Bullock à Reuters. ``Eu sempre quis fazer uma comédia como as de Jim Carrey, como faziam as mulheres dos anos 1930 e 1940.''

Com uma sensibilidade antiquada que remete às comédias maliciosas, ``Amor à Segunda Vista'' traz Hugh Grant como George Wade, um magnata imobiliário que se envolve em brigas e amores com a ingênua advogada representada por Bullock. A atriz também produziu o filme.

Em entrevista à Reuters, a atriz revelou que a trama do filme se originou numa experiência real, mas não quis dar maiores detalhes.

``Para mim, quando me apaixonei para valer, a pessoa por quem me apaixonei foi a última a saber. Ele disse: 'Pensei que você me odiasse''', contou, sem identificar o homem em questão.


``SR. RESMUNGÃO''

Muito se especulou na mídia sobre o relacionamento fora das telas entre a queridinha da América e o bonitão britânico Hugh Grant.

``Trabalhamos juntos muito bem mesmo. E brigamos muito bem também. A coisa funcionou'', disse Bullock. Indagada sobre uma possível ligação romântica entre ela e Grant, que tem 42 anos, ela riu e respondeu: ``A gente mataria um ao outro''.

Embora tenham circulado boatos sobre desavenças entre os dois astros e o diretor e roteirista Marc Lawrence durante as filmagens, Bullock descreveu a experiência como ``divina''.

``Hugh e eu decidimos que queríamos fazer algo que proporcionasse diversão e risadas ao público, e acho que conseguimos'', ela explicou.

O fato de Grant insistir que ``tudo deve soar como se fosse de improviso'' os levou a improvisar falas e mexer com o roteiro ao longo das filmagens.

``Hugh trabalhava 14 horas por dia e escrevia 12 páginas de anotações à noite'', contou Bullock. ``Sua capacidade de escrever é extraordinária. Os atores às vezes se esquecem de ouvir um diálogo. Hugh me reensinou isso.''

De vez em quanto, porém, o perfeccionismo virava neurose, e, para impedir que Grant se transformasse em ``Sr. Resmungão'', Bullock dava um beijo em seu rosto, como faz com seus cães e os integrantes da equipe técnica quando se comportam mal.

``É uma coisa que os deixa sem graça e os faz esquecer o que os estava incomodando antes'', contou.

Ela diz que gostaria de voltar a trabalhar com Hugh Grant: ''Eu gostaria de fazer alguma coisa pequena, na qual não precisássemos nos preocupar com a bilheteria. Eu disse a ele que gostaria de atuar como empregada em um de seus filmes ingleses''.

Reuters

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