Um documentário do brasileiro Walter Salles sobre um artista polonês que cria esculturas com as árvores queimadas da Floresta Amazônica comoveu nesta terça-feira o público do XVIII Festival de Cinema de Mar del Plata, na Argentina.Embora haja uma seção exclusiva para a exibição de documentários no evento, que será encerrado no próximo sábado, o filme Frank Krajcberg: poeta dos vestígios foi exibido na seção América Latina XXI.
Diretor de Central do Brasil e produtor do filme que abriu o Festival de Mar del Plata, Cidade de Deus, Walter Salles conta a história do polonês Frank Krajcberg, que, fugindo da Europa devastada pela guerra, passou a viver no Mato Grosso a partir de 1948, iniciando uma campanha pela preservação da natureza.
"Trabalho para sensibilizar as pessoas, já que tudo o que há no planeta tem direito a sobreviver e existir", afirma o protagonista de Frank Krajcberg: poeta dos vestígios.
Com 16 filmes em disputa, o documentário é um dos principais gêneros desta edição do Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, realizado entre 6 e 15 de março nessa cidade litorânea argentina.
A seção de documentários é composta por Horn and Halos, de Michael Galinsky (EUA); Moro no Brasil (Finlândia), de Mika Kaurismaki, e Sol de noche (Argentina), de Norberto Ludin e Pablo Milstein.
Também integram a seção os filmes Foreigners Out (Áustria), de Paul Poet; Pinochet's children (Alemanha), de Paula Rodríguez; Choropampa, el precio del oro (Peru), de Ernesto Cabellos e Stephanie Boyd, e Essen, schlafen keine frauen (Alemanha), de Heiner Stadler.
A seção de documentários será encerrada com a exibição do espanhol Balseros, de Carles Bosch e Josep María Domenech, que trata de pessoas que fogem de Cuba em embarcações precárias.