Pode ser um clichê em Hollywood, mas para Queen Latifah, atriz do musical Chicago, o ditado é verdade: o simples fato de ter sido indicada para o Oscar já a faz ser uma vencedora. E não apenas ela. Em sua opinião, a indicação na categoria de melhor atriz coadjuvante foi boa para o hip-hop em geral e para todos os artistas que são cantores e também atores.
"Acho que portas para o futuro se abriram. Que talvez os rappers que viram atores e que realmente têm talento e investem trabalho em sua arte ... podem transformar isso em carreira, porque já foi feito antes. O precedente foi criado", disse Latifah à Reuters.
Sua próxima comédia, Bringing Down the House, estreou semana passada nos Estados Unidos. Ela faz par com o comediante Steve Martin.
A entrega dos prêmios da Academia, no próximo 23 de março, representa o momento culminante de uma longa viagem da cantora e atriz que representa a diretora de prisão Mama Morton no musical de enorme sucesso Chicago.
Latifah não é uma das favoritas para ganhar o Oscar, e ela sabe disso. Os observadores do Oscar preferem apostar em qualquer uma das outras quatro indicadas: Catherine Zeta-Jones, sua colega de elenco em Chicago, Kathy Bates (As Confissões de Schmidt), Meryl Streep (Adaptação) e Julianne Moore (As Horas). "Sou uma das novatas", diz ela.
Latifah diz que sua "equipe", que inclui seu empresário e sócio Sha-kim Compere, merece tanto crédito por seu sucesso quanto ela mesma.
"Tive muita ajuda e muito apoio para poder sair lá fora e fazer o que faço", explica.
Quando a empresa de diamantes DeBeers lhe pediu que usasse um colar de diamantes na entrega dos Globos de Ouro, ela concordou - desde que a DeBeers fizesse uma contribuição polpuda para uma entidade beneficente.
É um estilo oposto ao de sua personagem Mama Morton, que troca favores por dinheiro em Chicago.