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"Magnolia", com Tom Cruise, traz encontro de destinos diferentes
Histérico, caótico, Magnolia, terceiro filme do cineasta americano Paul Thomas Anderson, exibido esta segunda-feira com um grande elenco de estrelas, se converteu em outro dos sérios candidatos aos Ursos do 50º Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Tom Cruise, Jeremy Blackman, Juliane Moore, Philip Seymour Hoffman e Melinda Dillon são alguns dos intérpretes deste filme de três horas rapidíssimas de duração, que parece uma montagem paralela de histórias muito diferentes entre si e que, entretanto, têm algum vínculo.
O produtor de televisão Earl Partridge (Jason Robards), doente de câncer, está em seu leito de morte e pede para ver novamente seu filho Frank (Tom Cruise), que há anos deixou o lar familiar.
Ao mesmo tempo, Linda (Julianne Moore), sua jovem esposa, que se casou com ele por dinheiro, descobre, em meio a uma sensação de tristeza e remorso, que o ama.
Frank rompeu completamente as relações com seu pai.
Através de um "show" de televisão de grande êxito, este pretenso conselheiro sexual propaga um estilo de vida guiado pela máxima de "seduzir e destruir", palavra de ordem machista que também pratica em sua vida privada.
O enfermeiro de Earl Partridge, Phil Pharma (Philip Seymour Hoffman), procura interceder para que pai e filho voltem a se reunir.
Por outro lado, Jimmy Gator (Philip Baker Hall), apresentador de um programa de perguntas e respostas para crianças produzido por Partridge, também está doente de câncer e tem problemas com sua filha Claudia (Melora Walters), que se tornou cocainômana.
A estrela do momento no programa de Gator é Stanley Spector (Jeremy Blackman), uma revelação, um jovem que tem respostas para tudo, mas que sofre porque ao seu pai só interessa o dinheiro que leva para casa.
Não menos infeliz é o ex-ganhador do programa de perguntas e respostas Donnie Smith (William H. Macy), que perdeu a pequena fortuna conseguida na década de 60 e agora trabalha como vendedor de uma loja de artigos eletrônicos.
Todas estas vidas, todos estes destinos e infortúnios e os de outros habitantes do vale californiano de San Fernando estão unidos casualmente, mas têm alguma explicação. Ficção ou realidade? Casualidade ou destino? Mito ou realidade cotidiana? O espectador deverá decifrar as chaves no final do filme.
Anderson, 30 anos, que estreou com Hard Eight (1996), filme quase desconhecido fora dos festivais, alcançou grande repercussão internacional com seu segundo longa Boogie Nights (1997), do qual pegou a maioria dos intérpretes para este terceiro filme.
O jovem cineasta não apenas conseguiu contratar Cruise, mas também integrá-lo perfeitamente no elenco de modo que Tom Cruise não aparece como a grande estrelas mas como um bom ator.(Reuters)
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