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DÊ
SUA OPINIÃO (OU CALE-SE PARA SEMPRE)
Filme: Cara,
Cadê Meu Carro?
De: Alexandre Chaves
Pô, Gerbase! Isso lá
é filme que mereça comentário seu?! Admita! Você
estava sem tempo e pegou um filme idiota para não ter que escrever
muito, não foi? Tudo bem, é apenas brincadeira. Mas é
também um gancho para uma curiosidade que eu tenho, a cada semana,
quando um determinado filme é escolhido para ser comentado. É
o seguinte: qual o critério para tal escolha? Vejo que geralmente
são escolhidas produções norte-americanas, com maior
apelo publicitário e fartas bilheterias. Ao mesmo tempo, é
uma constante em seus comentários críticas ao caráter
"prostituído" dessas produções, em que a
busca pelo retorno financeiro reina absoluta em detrimento de um conteúdo
mais apurado.
Daí eu pergunto: a exclusividade
de filmes como esses em sua coluna não seria uma forma de compactuar
com essa mercantilização da sétima arte? Por que
não abrir um espaçozinho (sim, não precisa ignorar
o cinemão americano!) para outras produções a fim
de estabelecer uma nova referência para as discussões entre
os leitores de sua página (por exemplo, as européias "Billy
Elliot" ou "Malena", que está para estrear)? Acho
que todos temos a ganhar com a mudança.
De: Gerbase
Vou dar a real: eu
saí de casa para ver Dançando no escuro, mas o horário
estava errado e eu entrei no primeiro filme que encontrei pela frente.
Já escrevi sobre essa divisão entre filmes "comerciais"
e "de arte". Não acredito muito nela. Ou não acredito que
a coisa seja tão simples assim. Acredito que existem excelentes
filmes "comerciais" e que alguns filmes considerados "de arte" são
chatíssimos. Não sofro qualquer pressão do Terra
para comentar esse ou aquele título. Se, algum dia, essa pressão
existir, eu caio fora. Meu critério é: o que está
passando que "pode ser bom?" (e não "o que, com certeza,
é bom?"). Eu gosto de surpresas. Você pede títulos
mais "alternativos", e eu lembro que comentei recentemente (nos últimos
quatro meses) os filmes As virgens suicidas (americano, mas fora do esquemão);
Eu, tu, eles (brasileiro); O jantar (italiano); Instituto de beleza vênus
(francês); e Os cinco sentidos (canadense).
De: Patrick de Moraes
Nada de comentários
e alusões filosóficas sobre o conteúdo do filme;
simples, rápido e útil; de acordo com a Navalha de Occam.
Percebe que nem falei do filme (Cara, cadê meu carro?), também,
nem precisa, concordo com tudo que foi dito. Algumas perguntas sobre dois
filmes anteriores que se fazem necessárias, para mim! Queria saber
como vc pode ter gostado de Limite Vertical, fazendo alusões sobre
o enredo e o engradecendo além do que o diretor possa ter imaginado,
o envolvendo com a Globalização, enquanto que O Tigre e
o Dragão que tem um enredo que lhe dá ainda mais brechas
para uma verificação filosófica sobre a Vida, regras
da sociedade e amor; você desaprovou? Seria porque não esperava
nada de Limite Vertical e se impressionou e esperava mais de Tigre e o
Dragão e se desapontou? Seria isso? Se lhe ofendi com uma pergunta
pessoal, peço desculpas.
De: Gerbase
Não tenho o
que desculpar. E mais: você provavelmente está certo, pelo
menos em parte. Entrei no Limite vertical não esperando nada e,
em O Tigre e o Dragão, esperando tudo. Mas isso não muda
a minha opinião. Sendo dois filmes de aventura, acho que a trama
de Limite vertical é mais emocionante.
De: Reame
Seguindo a lógica
de sua crítica, vou mandar o meu e-mail mais curto até agora
para vc. Sinceramente, não quero dar bronca, mas será que
não havia mais nada de interessante sendo exibido? Ou será
que a invasão de cinema americano (de má qualidade principalmente)
está terrível na sua cidade? De qualquer maneira, mais sorte
da próxima vez. Até logo e até mais.
De: Gerbase
Essa já respondi.
De: Laerte Lustosa
Fico curioso e gostaria da
sua opinião em relação ao mercado de DVDs: o que
acha do mercado, disponibilidade de títulos, tendências,
política de lançamentos... Vc possui um acervo bacana (quantos
títulos aprox.)? Vc pessoalmente gosta do formato? Falando especificamente
do esquema cinema-em-casa... Se puder responder, de forma resumida mesmo,
valeu...
De: Gerbase
Não tenho praticamente
nenhum acervo de filmes, nem em VHS, nem em DVD. Guardo títulos
que eu uso em sala de aula. E só tenho DVD no computador. Pretendo
comprar um DVD de mesa e aí, quem sabe, montar uma coleçãozinha.
Mas tenho a impressão que gosto mais de colecionar livros e CDs.
De: Luiz Bandeira
Tô decepcionado contigo...
Que coluna mais... perdoe-me a expressão, mas não tem jeito...
Medíocre... Sou grande admirador de suas críticas, e quase
sempre estou de acordo com elas... Mas dessa vez você esculhambou...
Caramba, se você sabe que esses filmes costumam ser debilóides,
com piadas chatas e sem graça, pra que fazer uma crítica
desse troço com tanto filme mais importante concorrendo ao Oscar?
Por que não Chocolate, Billy Eliot, ou até mesmo a nova
versão de O Exorcista? Realmente, não entendi... Da próxima
vez que não tiver tempo pra fazer uma crítica decente, demore
mas faça uma que valha nossa leitura...
De: Gerbase
Existem bons filmes
debilóides. E eu até tinha achado o trailer de Cara, cadê
meu carro? divertido. Infelizmente, dessa vez realmente me quebrei. Se
fui medíocre na crítica, já fui melhor que o filme.
De: André
Como leitor de suas excelentes
colunas, sinto falta, no entanto, dos títulos originais dos filmes
comentados. Qual é, por exemplo, o título em inglês
de "Cara, cadê meu carro", a mixórdia contemplada desta semana?
De: Gerbase
Os títulos
originais estão sempre na parte informativa da seção
de cinema.
De: Marcela Arantes
Por favor, me responda uma
coisa: na sua opinião, o que faz um bom filme ser um bom filme?
Eu já perguntei isso a um crítico e ele me disse: "o bom
filme é aquele que você considera como bom", mas peraí,
se fosse assim, os filmes considerados bons seriam aqueles que um maior
número de pessoas considera bom? Claro que não... então...
aqueles que pessoas mais "influentes" consideram bom? Também não...
então o quê? Você provavelmente vai ter uma resposta
na ponta da língua (aliás esse é um dos motivos de
eu ser sua "fã"), mas lendo as respostas das suas críticas
dá pra ter uma noção do quanto isso é difícil
de responder: o que um adora o outro detesta, o que pra um é uma
"obra-prima" pra outro é clichê... chega a ser engraçado.
Mais uma coisa: eu quero ser igual a você quando crescer (rs)! Bjs
De: Gerbase
Respostas na ponta
da língua, para as suas perguntas, só se forem tremendamente
levianas. Centenas de livros de Estética já foram escritos
para tentar compreender o que é uma "bela" pintura, ou uma "grande"
sinfonia, ou um "bom" filme. Mas creio que a coisa não é
assim tão individual, tipo "cada um gosta de uma coisa". É
possível identificar na história da arte (ou na história
do cinema), certas "redes" ou "correntes" de gosto, que até conseguem
construir (mesmo que precariamente) um sistema de análise de obras.
Então vou recomendar algumas leituras que podem ajudar:
VANOYE, Francis & GOLIOT-LÉTÉ,
Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. São Paulo,
Papiris, 1994
CULLER, Jonathan. Teoria literária:
uma introdução. São Paulo, Beca, 1999
ANDREW, J.Didley. As principais
teorias do cinema. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1989
XAVIER, Ismail (org). A experiência
do cinema; antologia. Rio de Janeiro, Graal, 1993
E só mais uma coisa: não
cresça!
De: Raphel Caron Freitas
Sublinhei os erros descritos
no meu e-mail anterior (erros de digitação). Foi só
para mostrá-los, mas tudo bem, realmente você disse que também
os cometia. A propósito, o filme desta semana merece um comentário
ainda menor que a sua coluna - LIXO.
De: Gerbase
Agora entendi o que
aconteceu. As partes sublinhadas foram para o espaço. Tem que mandar
formatado.
De: Andre Augusto Lux
Tudo bem, vá lá...
concordo que existem "filmes de monstro" que não tem suspense -
tipo "Um Hospede do Barulho" ou "Mac - O ET Amigo", mas a grande maioria
é de suspense ou de terror mesmo. Bom, pensando bem até
"Um Hospede do Barulho" usa o suspense no início, até descobrirmos
que o "monstro" é amigo... Realmente não sei onde quer chegar.
Ao que parece gosta de ser do contra...
Ah, e falando nisso, por que você
não respondeu minha pergunta sobre o lance da ninfeta internética?
Por isso, pergunto novamente: afinal, a Anamaria premeditou tudo desde
o início (inclusive ser produtora da banda da Guida) porque já
sabia quem era o Júlio, ou ela só ficou sabendo depois ao
conversar com a Guida, que já era sua amiga?
Nem precisa publicar isso em sua coluna.
Gostaria muito de saber qual a é a resposta, pois confesso que
suas explicações anteriores me deixaram bastante confuso.
De: Gerbase
Sem problemas. Vamos
de novo: na minha cabeça (e não, necessariamente, na sua)
a Anamaria brincava com a Guida num determinado chat, ambas sob o apelido
de Sabrina. Aí, um belo dia, Guida disse que o pai também
costumava entrar na sala tal, com o nome de Ivanhoé. Anamaria passou
a conversar sozinha com Júlio e se interessou por ele. Naquele
fim de semana (e somente agora chegamos ao filme), ela conheceu Júlio
pessoalmente, e a atração aumentou muito.
De: Fabio Cardozo
Também vou seguir
o conselho do mestre Carriére, você é quem escolhe
os filme para crítica ou é obrigado, pela Redação,
a ver coisas horríveis, como este filme? Tenha dó...
De: Gerbase
Acho
que já respondi, né?
De: Zaka
Tá tirando onda, heim!
Ficou tão conceituado assim, como crítico, que até
já brinca no trabalho. Pelo menos foi engraçado (o seu texto,
não o filme) mudando de assunto, "Curtindo a vida adoidado" passou
pouco tempo atrás. Esse filme é irado!! O que vc acha dele?
Valeu.
De: Gerbase
Também
já ouvi falar, mas não vi ainda.
De: João Luís Torres
Prada e Silva
Já fiquei pau da vida
várias vezes com críticas tuas que metiam o malho em filmes
de que eu gostei (o último deles assim foi o "Unbreakable"), mas
ultimamente as análises até que têm batido com as
minhas. Ou eu passei a "entender mais de Cinema" ou tu ficaste mais maleável...
Bem, mas o que eu queria dizer é que jamais concordei tanto contigo
como quando listaste os "mandamentos mínimos de uma redação
legível". Tomei a liberdade de usar uma citação sua
(que nem sei se é sua mesmo) para expressar um fato de que sou
defensor irrestrito: "Escrever na Internet não é salvo-conduto
para atropelar a Língua impiedosamente". Espetacular a frase! E
eu venho defendendo isso faz algum tempo. Canso de quebrar o pau em salas
de chat por causa disso. É francamente lastimável a maneira
como muitas pessoas se expressam na forma escrita nas paragens cibernéticas.
Usam o bordão surrado "o que vale é o conteúdo" como
pretexto para tratar a Língua como se fosse lixo... Não
percebem que sem forma o conteúdo se perde e não passa adiante.
Usam a lentidão no teclado, o comodismo de certas abreviaturas
discutíveis e mais uma dezena de desculpas esfarrapadas para esconderem
o fato real: a maioria das pessoas não conhece a própria
língua. Ao menos não o suficiente para que redijam textos
com uma forma minimamente razoável. E a questão é
que nem parecem interessados em aprender isso. Uma pena...
P.S.: Realmente sou taradaço
por orientais (mulheres). Não troco 1 tornozelo de uma chinesa
ou japonesa ou coreana ou vietnamita (ou descendente) por 20 dessas loiras
falsas, secas e marombadas! Demorei para perceber que a mulher do Extremo
Oriente é um manancial quase inesgotável de feminilidade,
elegância e beleza puras, mas quando percebi isso foi um caminho
sem volta. Não consigo me manter impassível ante um jovem
par de pregas mongólicas femininas. A Pocahontas não é
chinesa, mas é índia. Mas tu já viste antes uma figura
feminina em desenho animado mais radiante?!? Dá vontade de pular
na tela quando o vento esvoaça os cabelos dela! Mulher na proporção
humana, praticamente sem a estilização típica do
desenho. John Smith sabia pelo que estava lutando...
De: Gerbase
Tenho a impressão
que meus 10 mandamentos já surtiram algum efeito. Daqui a pouco
eu repriso.
De: Paulo Torres
Tudo bem você não
ter gostado do filme. Os personagens principais são muito bobos,
são quase inverossímeis. Mas ter achado graça só
na PIOR PIADA do filme (a cena do drive-thru chinês)... OK, não
é a pior, tem as tatuagens. Mas diz aí se você não
chegou a achar graça nem mesmo no cara que mora no armário
da casa de Jesse e Chester? Sei lá... senso de humor não
se discute...
De: Gerbase
Claro
que se discute! Não gosto da piada do armário porque, além
de ser velha, é mal contada. Primeiro o cara tem um nome, depois
os dois idiotas dizem que não sabem quem é. Ou será
que entendi mal?
De: Leonardo Esteves
Me chamo Leonardo e sou um
cinéfilo absoluto. Achei o Tolerância um filmaço e
gostaria de assistir seus primeiros filmes. Moro no Rio, onde faço
para achá- los?
De: Gerbase
Em algumas locadoras,
talvez você ache a série de cinco fitas da Casa de Cinema
de Porto Alegre, onde estão meus curtas.
De: Sérgio
Meu nome é Sérgio,
curso administração de empresas na FGV, em São Paulo.
Na área de sociologia, fui incumbido a fazer um estudo a respeito
do filme O Ovo da Serpente, com base na pergunta: "o que gera o ovo da
serpente?". Dada a grande dificuldade para se achar o material a respeito
deste assunto, gostaria de contar com sua ajuda, seja com uma resposta
ou com o material apropriado. Conto com sua ajuda. Meu e-mail é
sergiosantos@gvmail.br.
De: Gerbase
E aí, pessoal,
vamos ajudar o Sérgio? Escrevam pra ele. Eu mal lembro do filme.
É do Bergamn e é sobre o nazismo, claro. Sugiro uma passada
no IMDB e uma pesquisa na internet usando o Altavista. O nome do filme
em inglês é The serpent´s egg.
De: Minero
Tu tá muito devagar.
Estou esperando as críticas de "Dançando no Escuro", "Poucas
e Boas" e "Billy Elliot". Sobre "O Tigre e o Dragão", tenho a mesma
opinião de alguém que te escreveu. Até que enfim
alguém além de mim não gostou deste filme. Estava
começando a achar que o defeito era comigo.
PS: Sou aquele cara que viu seu filme
em Blumenau com a namorada e te escreveu elogiando. Assinei como Júnior,
mas como existem milhares de Júnior, vou assinar a partir de agora
com meu apelido, pra ficar mais fácil a identificação.
De: Gerbase
Infelizmente, não
consigo acelerar mais. Estou no meu limite.
De: Roberta Moiana
Fiquei tão entusiasmada
com a sua crítica de Limite Vertical que resolvi assistir. Mas
teve uma coisa que me decepcionou: durante o filme TODO eu vi microfones
e na parte de cima da tela aparecia um negócio preto, eu fiquei
com muiiiita raiva, não foi uma ou duas vezes, foi no mínimo
umas dez. Isso fez com que eu odiasse o filme, fiquei me perguntando como
que o diretor que fez um filme cheio de efeitos especiais, tecnicamente
bem feito e deixasse que o microfone aparecesse o tempo todo? E como que
você não citou nada a respeito na sua crítica!? Até
que li as respostas sobre o filme e fiquei mais tranqüila... (mesmo
não entendendo direito sua explicação). Então
minha raiva passou imediatamente para as pessoas do laboratório
de copiagem, elas mereciam um processo e eu merecia meu dinheiro de volta,
além da indenização por danos morais (acho que vou
contratar a firma de Erin Brockovich). Resolvi que vou rever o filme em
vídeo e parar de reparar no microfone e reparar nas cenas de ação
(as que não tinham microfones foram legais). Agora quanto à
Cara, cadê meu carro? Eu achei divertido algumas partes, como a
do drive-thru e principalmente as roupas espaciais feitas com aquelas
bolinhas de plástico que ninguém consegue resistir. O resto
das piadas são idiotas mesmo e continuo preferindo Austin Powers
e Quem vai ficar com Mary?. Mas achei Cara, cadê... melhor que Todo
mundo em Pânico. É só isso, reparou que minha resposta
ficou maior que sua crítica?
P.S.: Esqueci de mencionar "Chocolate"
e "Do que as mulheres gostam". Pode colocar na lista.
De: Gerbase
Acho (acho!) que é
mesmo problema de máscara nas cópias brasileiras. Já
vi isso acontecer. O filme deve ter sido filmado em full-frame (1:33),
mas planejado para ser exibido em 1:66 ou 1:85.
De: Mauricio Vivas
Fale a verdade: você
estava com preguiça de escrever. Não estou dizendo que o
filme (?) merece maiores comentários, e sim que deve haver outra
coisa em cartaz por aí.
De: Gerbase
Às vezes tenho
mesmo preguiça. Mas não foi o caso. Eu não consegui
pensar em nada que prestasse (sobre comédias, sobre humor, etc.)
e resolvi que era melhor escrever pouco que escrever bobagem.
De: Marcos Jean
Sr. crítico, sempre
soube que os críticos adoram ser odiados... mas achava que fosse
mais uma lenda do que verdade. Li algumas das suas críticas e além
da minha perda de tempo, ainda me revoltou... Nenhum filme para você
presta... Pode ser AS PANTERAS, GLADIADOR, etc... nenhum! NADA SERVE,
NADA LHE AGRADA. O que mais me revoltou foi a critica do GLADIADOR...
um filme que talvez nao seja comparavel ao SPARTACUS ou BEN HUR, mas tambem
tem os seus meritos... e você o reduziu a um filme do CINEMÃO
AMERICANO, como os filmes de STEVEN SEAGAL,BRUCE WILLIS, STALLONE, etc...
Um filme que está sendo aclamado pela critica (seus colegas) e
pelo público (o que é muito dificil) e você o critica
assim? NUNCA MAIS PERDEREI O MEU TEMPO LENDO AS SUAS CRITICAS, POIS SÃO
ABSURDAS. Para mim, fruto de alguem que gosta de chamar a atenção...
se eu não tivesse lido/visto as criticas de outros acreditaria
em você, mas não, a maioria gostou. E VOCÊ É
A MINORIA. E VOCÊ VERÁ QUE ESTE FILME SERÁ UM DOS
GRANDES VENCEDORES DO OSCAR. ALIÁS, tenho certeza também
de que você deve detestar o OSCAR, mas isso, já é
outro assunto!
De: Gerbase
Sr.
Leitor, NÃO GRITA! E não perca mais seu tempo, porque eu
continuarei dizendo o que acho, mesmo que pareça absurdo. E tem
mais: o Gladiador é um filme ruim e o Oscar é uma festa
chata e um programa de TV insuportável.
De: Humberto Guerra Fernandes
Faz pouco tempo que o leio
e é a primeira vez que lhe escrevo, e não teria a paciência
de esquadrinhar tudo o que já saiu publicado aqui para descobrir
qual é o seu critério de escolha do que ver - se é
que isto consta em algum lugar. Em BH, onde moro, não dá
tempo de ver tudo, então é necessário escolher. Eu
procuro ver o máximo possível dentro de um grupo de filmes
que elejo segundo algum interesse - diretor, badalação,
premiação, comentários de amigos, sei lá.
E ainda assim, vejo muita roubada. De qualquer forma, deixo de fora desse
grupo aquilo que acho que é realmente "inassistível". Imagino
que todo mundo que goste muito de cinema - e more em um lugar onde há
disponibilidade razoável - use critérios racionais mais
ou menos parecidos. Isto tudo é simplesmente para perguntar: por
que diabos você foi assistir "Cara, Cadê Meu Carro?"? Não
é o tipo de filme que dá para saber, de antemão,
o que é que se vai ver? Você já não tinha,
antes de começar a projeção, uma forte suspeia de
que iria escrever exatamente que o filme é um lixo? E o pior é
que este filme não vai render nem polêmica aqui no site,
porque deve gerar um consenso sem precedentes entre aqueles que se dispuserem
a assisti-lo. Ou isto é um ato de caridade da sua parte, dizendo-nos
"não percam tempo com esta merda", mais ou menos como o sujeito
que prova a comida do rei antes dele para ver se ela não está
envenenada? Abraços e melhor sorte para você - e para nós,
de tabela - na semana que vem.
De: Gerbase
Tudo bem. Dava pra
sacar que o filme provavelmente era ruim. Mas eu sempre lembro de O homem
bicentenário, que, teoricamente, era de lascar, e eu adorei. Eu
chorei. Eu descobri que o roteiro era melhor que o conto de Asimov. Isso
acontece. E eu aprendi que o filme só pode ser julgado depois dos
créditos finais.
De: Fred Steca
"Cara, cade..." é
o tipo de filme que eu classifico como "Não vi, não gostei".
Tanto filme bom e vc vai ver justo este filme? Vc ja viu "Pães
e Tulipas", "Chocolate", "Dançando no Escuro" ou ainda "As coisas
simples da vida"? São ótimos filmes. Alias, para ser melhor
que filmes como "Debi Loide", "Mary" ou ainda o do cara, só basta
ter um título decente. Bem, é isso.
PS: Tem um carinha que se enfesou comigo.
Gostei. Como dizia o Gil "Falem bem ou falem mau, mas falem de mim."
De: Gerbase
Pode crer.
De: Gabriel Rocha
Quando é que tu vai
escrever sobre o Dancer in the Dark, do Lars Von Triers? Fui ver ontem
aqui em Floripa e confesso que me decepcionei. O filme só não
é revoltante pelas ótimas atuações e pela
mão certeira do dinamarquês. As cenas musicais são
excelentes e a gente consegue ver até onde pode chegar essa brincadeira
de cinema digital. O problema é o roteiro, que é de lascar.
Te juro que nunca vi nada tão descarado pra fazer o público
se debulhar em lágrimas.
De: Gerbase
Tentei
ver. Tentarei de novo.
De: Iuri
O Tigre e o Dragão,
na minha opinião, é o tipo de filme que promete, promete
e não cumpre. Li todos os comentários possíveis antes
de ir ao cinema e a grande maioria se derramava em elogios. Talvez tenha
sido este o erro pois minha expectativa era imensa. Achei as cenas de
lutas belíssimas, também gostei do enfoque feminino na história.
Problemas: continuidade, roteiro meio truncado e personagens mal desenvolvidos.
Apesar de tudo, achei o saldo final positivo.
Eu sei que é tarde para comentar
o Hannibal mas só quero registrar duas coisas :
1 - Fiz todo mundo rir na famosa cena
do banquete. Não me controlei e gritei "Parece o NO LIMITE "! Foi
hilário.
2 - Vc citou Brigite Montfort em uma
das suas respostas! Sinceramente fiquei surpreso que uma viva alma neste
planeta ainda se lembra da deusa!
De: Gerbase
A gente só
vê problemas de continuidade se o filme, como um todo, é
ruim. A gente só ri em filmes como Hannibal quando um débil
(no melhor sentido) como tu toma coragem. E a gente só cita Brigite
Montford quando a memória sofre um curto-circuito.
De: Everton Oliveira
Em primeiro lugar, gostaria
de dizer que é muito bom ver na tela do cinema uma história
ambientada geograficamente próxima de quem assiste (isso é
um comentário muito particular, pois moro em Porto Alegre/Taquara).
Em segundo, que foi um dos únicos filmes que assisti na minha vida
em que boa parte dos personagens (incluindo os principais) são
verossímeis. Júlio, por exemplo, não pode ser considerado
um mau caráter porque navega em chats de putaria ou sentiu atração
pela amiga da filha. Tudo tratado de uma forma muito natural, como realmente
é. E acho que o filme passa muito bem isso: realismo não
é uma bala em câmera lenta atravessando o cérebro
de alguém. A primeira parte do filme é realmente muito boa,
com um ritmo excelente. E as histórias paralelas, sempre tangenciando
o aspecto da tolerância entre nós, especialmente em situações-limite,
também estão bastante coesas e interessantes. Acho que isso
se perde um pouco na segunda metade, quando a história se torna
trama policial, com idas e vindas, reviravoltas pra impressionar o espectador,
etc. Enfim, na minha humilde opinião, vira cinema demais, se é
que você me entende, parece destoar um pouco da primeira metade.
(com o que você pode contra argumentar que o que eu estava vendo
era cinema, mesmo). Mas me parece pouco provável que aquela sucessão
de acontecimentos mirabolantes depois do assassinato sejam possíveis
de acontecer. E acho que eu tenho o direito de cobrar isso do filme, porque
não era assim que ele estava caminhando. Ao contrário, tudo
me parecia bastante verossímil. Quanto às cenas de sexo,
tb achei um pouco explicitamente exageradas. Ouvi, e li suas justificativas
para tal, mas não acho que fosse a única maneira de filmá-las,
nem a melhor. Mas com certeza a que garante mais público. Por fim,
também achei legal a utilização da trilha sonora
100% gaúcha. Mas achei que ela destoou em algumas cenas (poucas),
chamando mais atenção do que as imagens, ao invés
de auxiliar na construção dramática. Bom, de qualquer
maneira, espero que já considere um elogio a iniciativa e o trabalho
de comentar seu filme por escrito e enviá-lo pra você (garanto
que nunca tinha feito isso antes), muito embora com um certo atraso.
De: Gerbase
Sempre é bom
conversar sobre o Tolerância. Já escrevi sobre essas "duas
partes" do filme. Quanto às cenas de sexo, pode ter certeza, elas
mais atrapalharam o filme (que recebeu censura 18 anos) que ajudaram.
Eu faria tudo de novo, mais ou menos do mesmo jeito. Aliás, um
dia desses pretendo falar especificamente sobre censura. Tenho visto certas
coisas muito estranhas por aí. Classificações inacreditáveis,
se comparadas com as do ano passado. Me cobrem. E até mais.
Carlos Gerbase é
jornalista e trabalha na área audiovisual, como roteirista e diretor.
Já escreveu duas novelas para a Terra Networks (A
Gente Ainda Nem Começou e "Fausto"). Em
2000, lançou seu terceiro longa-metragem,
Tolerância,
com Maitê Proença e Roberto Bomtempo.
Índice de colunas.
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