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DÊ SUA OPINIÃO (OU CALE-SE PARA SEMPRE) Filme: Vem Cantar Comigo De: Gerbase De: Reame Só que Traffic acabou me lembrando da bomba Irresistível Paixão, aonde a historinha é desnecessariamente complicada para além da compreensão humana. O filme não é tão ruim nesse aspecto, mas o ritmo é muito rápido e a montagem complica desnecessariamente a trama, que é interessante. Traffic é uma overdose de personagens, lugares, situações, organizações, etc... Quanto mais o tempo passava, menos conseguia acompanhar tudo. O drama não convence, pois os personagens, além de serem óbvios, são muito superficiais. Como vou sentir algo pela Zeta-Jones, se o filme não informa como era o relacionamento dela com o marido antes da prisão, se o relacionamento com os filhos também não é mostrado, não mostra como era a vida pobre dela, e a atuação apenas correta da atriz não ajuda? O mesmo vale para o amigo "Manolo" de Del Toro e, especialmente, para os outros dois policiais. Um dos quais morre de maneira clichê. Aquele traficante que eles protegem merecia mais cenas, mas também não sabemos de nada, e ele morre da maneira mais previsível possível. Pior mesmo, só a sub-trama da patricinha viciada, que é um clichê completo, e os atores não ajudam. Especialmente Douglas, coitado, que nunca esteve tão ruim. Por sinal, a conclusão é ridícula. Precisava terminar daquele jeito? Com Douglas e a filha naquela cena politicamente correta? E a mensagem de que "nós, americanos, estamos aqui para resolver os problemas das drogas criados pelos mexicanos (e a solução é criar campos de baseboll...)". Portanto, minha opinião final é esta. Traffic não é ruim, tem seus bons atores e bons momentos, mas não funciona, no final das contas, pois não convence como drama (personagens rasos), não convence como filme policial (é confuso) e pouco diz sobre o tráfico algo que eu já não saiba, pois apenas chove no molhado. E Steven Soderberh vai continuar sendo um picareta para mim, até que ele se esforce bastante para provar o contrário. Até logo, e até mais. De: Gerbase De: Lucas Gonzaga Por partes: a Catherine Zeta-Jones, uma mulher inocente que nunca na vida se preocupou com o trabalho do marido. Imaginem que uma testemunha disse que na empresa não tinha nada de estrutura. Agora eu pergunto para as casadas ou casados: vocês nunca foram uma vez sequer no local de trabalho de seus cônjuges? 10 anos e nenhuma visita? Difícil acreditar né? Pior, em alguns dias ela passa a querer ser controladora de todo o tráfico entre Estados Unidos e México, inclusive acha o traficante mais procurado do México facilmente. Que bela intuição, hein... E a coragem do diretor. Nas cenas de sexo da guria, uma drogada que dá para qualquer um que tiver um pouquinho de pó na frente, o diretor foge de mostrar qualquer parte do corpo dela. Os planos esquivam-se dela, assim como de picadas, closes. Nada pode ser mostrado, a censura está aí, então o diretor foge e não mostra nada mesmo, que bela coragem hein? Tenta fazer um filme realista, mas foge de mostrar as coisas na dureza, na cara, isso pode prejudicar a carreira do filme. Que coragem do diretor hein? Nestas horas que temos que se curvar a diretores como tu Gerbase. Olha aqui, se tem que mostrar, mostre-se. Ao meu ver era fundamental que se mostrasse ali as drogas e que se mostrasse a degradação física, mas não... Sobre a fotografia, estou esperando ainda alguém me explicar o que eram aqueles contrastes entre o México e os Estados Unidos. Estou esperando me explicarem a diferença entre o azul e o amarelo. Qual a razão daquilo? Pra que serve? O filme tenta colocar que não há fronteiras para o tráfico e a fotografia desmente tudo colocando uma senhora barreira de cores entre os países, entre personagens parecidos. Mas que raio de bobagem é aquilo? O quanto de realidade está naquilo? Por que separar? A filha do Michael Douglas, é uma viciada, foge de retiros, foge de grupos de combate às drogas e de repente no final sem mais nem menos está totalmente curada. Briga sem parar com os pais e de repente aparece totalmente recuperada. Que belíssima solução para o roteiro não? Não há a mínima razão para isso. No filme, só aparece que o Michael Douglas voltou para casa, simples, né? De repente ela já consegue falar sobre as drogas, refletir com maturidade, que maravilha hein!!!! É assim mesmo que funciona na vida real, é bem simples se livrar das drogas... Mas era o final do filme, ela tinha que ser curada, como não deu tempo de tentar achar algo minimamente crível, simplesmente não se disse nada. Assim espera-se uma espetacular boa vontade do espectador para poder aceitar tudo assim tão fácil. De viciada em drogas pesadíssimas, rebelde, oferecendo seu corpo por qualquer droga, em alguns dias ela estava ótima. Que belo exemplo de como as coisas funcionam na vida real. E o Michael Douglas, hein? É o novo justiceiro. Pois é, ele deu uma de Nicholas Marshal e foi fazer justiça com as próprias mãos. Pois é, o chefão do combate às drogas nos Estados Unidos entra dando ordens num gigantesco centro de drogas e ninguém faz nada. Imaginem você o Renan Calheiros ou quem for o ministro da Justiça entrando na Rocinha e resgatando sua filha das mãos dos traficantes. Legal né? Agora imaginem ainda que o rosto dele está todos os dias em jornais e na televisão e mesmo assim ninguém se importou ali no bairro das drogas que ele entrasse dando ordens. Que gracinha né? Acho que se fosse o Van Damme e espancasse umas duzentas pessoas armadas até os dentes talvez eu aceitasse melhor do que o chefão nacional anti-drogas invadir tranqüilamente o bairro de traficantes. É demais pra mim... O personagem do Danis Quaid, aquele amigo de família que dá em cima da Catherine também é horrível. Extremamente forçado, previsível, acho que já tinha visto o mesmo personagem em uns 400 filmes. O final dele é quase tão interessante como o personagem que interpreta: ridículo. Sobre a testemunha, o tal de Eduardo Rodrigues ou o que for. Que gracinha aqueles policiais. Pois é, tinham uns 10 policiais protegendo a testemunha e uma pessoa totalmente desconhecida entra ali sem revista sem nada, entrega o que quer para a testemunha comer e fica tudo por isso mesmo. Acho que até o policial dos Simpsons descobria esta. Pior que os policiais que já tinham demonstrado em outras oportunidades do filme serem muito espertos, acharam totalmente normal, não tinham nem idéia de quem entregava a comida ali. Cada dia era uma pessoa? Há bom, assim sim.... A propósito, o filme tem algumas coisas interessantes. Em alguns momentos cheguei quase a me empolgar, mas estas questões meio grosseiras que citei acima me fizeram ter uma má impressão geral. Mas a melhor coisa do filme responde por Benício del Toro. Um ator que dizem estará no próximo filme de Walter Salles. Tomara, em Traffic sua atuação é espetacular e muito merecida sua premiação no Oscar. De: Gerbase De: Fabio Peres Montarroios sempre que possível leio as críticas, mas às vezes percebemos, ainda, resquícios de gordura no seu teclado, afinal veio correndo do cinema intoxicado de imagens rápidas para vomitar algo aos leitores em seu editor de e-mail. é compreensível. um cineasta tem muitas coisas a dizer sobre um filme e quando esse não cai no gosto de um fabricante (possuidor de uma lógica diferente de quem senta pra ver) deixa transbordar alguns vícios. assisti o filme, mas agora preciso comprar esse livro que fala, aparentemente, tão bem da complexidade. adaptar a nossa visão é fundamental. não adianta falar com determinadas pessoas com o discurso errado, senão a mensagem se perde com o troco em moedas de um centavo. mostrar um americano certinho e um mexicano suspeito seria o meio viável de falar com os americanos. precisaríamos rebolar para dizer o mesmo a eles (com qualquer trilha sonora, menos tom jobim). parabéns pelo texto! ah, o que fala sobre o super 8 também é ótimo, esclareceu minhas dúvidas sobre essa alternativa, infelizmente, tardiamente percebida. creio que não poderei fazer muito com ela já que se apagou. talvez aquela camerazinha da canon digital seja uma boa. mas digitalmente salgada. De: Gerbase Através dessa parada do pai comer a amiga da filha você consegue expressar os maiores dramas da humanidade! Até onde vai a tolerância das pessoas? - Pai come a filha da amiga. Trepar é melhor que dar porrada nos outros? - Pai pensa duas vezes ao bater na filha e prefere comer a amiga da filha que apanhava do próprio pai. Genial!!! Será que você não (percebe) que a solução para você fazer um filme bom está na cara? Crítico que esbanja sabedoria cinematográfica em sua coluna semanal mas que na hora de filmar não consegue canalizar seu conhecimento para fazer um filme bom: come a amiga da filha!!!!!!!!!!!!!!!! De: Gerbase Vem Cantar Comigo
(EUA, 2001). De Bruce Paltrow
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