O amigo e crítico
italiano Roberto Silvestri, do jornal Il Manifesto, que durante
certo tempo foi curador do Festival de Rimini, na Itália, falou em Roterdã
com muito entusiasmo de uma das maiores revelações do evento, o cineasta
americano Jack Hill.
Egresso da Corman´s Factory e contemporâneo de
Coppola, Scorsese, Bogdanovitch e Monte Hellman, Hill foi um dos únicos
que seguiu, por três décadas, fiel ao espírito do cinema para Drive-In;
pouca grana, histórias ágeis e criatividade a mil. Hoje é considerado
um mito entre realizadores de porte e aficionados da sub-cultura. Era
uma lacuna em minha cinefilia, já que seus filmes nunca foram lançados
comercialmente no Brasil.
Retrato de Jack Hill |
Finalmente, o informadíssimo amigo Hugo Malavolta
me emprestou o vídeo de Switchblade Sisters (75), lançado em
vídeo por estas bandas com o título de Faca na Garganta, e de
maneira quase clandestina pela extinta Luna Vídeo. O próprio Hugo comprou
o cassete numa destas bancas alternativas que pipocam pelo centro de
São Paulo a preço de paçoca.
Para encontrar a raridade, só visitando
as locadoras da periferia ou dando sorte entre um rapa e outro. Quanto
ao filme, estou em estado de graça. O homem é um assombro. Uma das melhores
crias do Corman. O filme tem uma produção chulé, com fotografia lavada
igual aos primeiros filmes do Cronemberg.
Cena de Faca na Garganta |
Começa como um subproduto
da Boca do Lixo, com gang de meninas malvadas, prisão feminina e vigilantes
lésbicas interpretadas por atrizes histriônicas, cheio de clichês e
obviedades. Aos poucos a geléia diluída vai se transformando numa incrível
tragédia grega com muita luta de poder, vira um filme político e maoísta
(com direito a livro vermelho e tudo!) e termina como uma ode desenfreada
à rebeldia.
Absolutamente transgressivo e com uma antológica seqüência
numa pista de patinação no gelo. Dizem que Faca na Garganta é
o filme fetiche das lésbicas americanas; pode e deve ser. É barato,
é bom demais, mas nunca mauricinho. Na sua displicência, é deslumbrante.
É rústica e dasavergonhadamente talentoso, como Naked Kiss de
Fuller e Two Lane Blacktop de Monte Hellman.
Ao seguir a carreira
fazendo filmes vagabundos e geniais, Jack Hill é o exemplo de como grana
em excesso destrói talentos instintivos. Tarantino que o diga, já que
é seu fã incondicional. Jackie Brown é uma homenagem explícita
aos filmes que Hill dirigiu com a Pam Grier.
Vou cair matando em cima
de Spider Baby (de 1964), que dizem ser sua obra prima, e preciosidades
como Portrait in Terror (65), Pit Stop (69), Big Doll
House (71), The Swinging Cheerleaders e Foxy Brown (com
Pam Grier e Antonio Fargas - 74).
Para conhecer melhor Jack Hill, visite
os sites indicados abaixo. No primeiro, a filmografia completa, mais
entrevista. No último, a página é dedicada ao "lesbian cult classic"
Faca na Garganta (não deixe de dar uma espiada).
https://www.scorelogue.com/hilltalk.html
https://www.roughcut.com/main/drive2jun5.html
https://www.bmonster.com/profile19.html
https://www.scorelogue.com/jackhill.html
https://mrshowbiz.go.com/interviews/139_1.html
https://www.picturethisent.com/movies/switchblade/
Cartas Ao Bomber
O efeito Lobão, no
opus anterior, foi fulminante. Entre os vários e-mails enviados à coluna
vale a pena conferir na íntegra a contribuição do fiel que irritou os
fãs do cantor-compositor.
Prezado Reichenbach,
Ainda está barulhento em minha cabeça o OPUS 30 (na verdade, o Opus
33), com a abertura do meu e-mail. Obrigado pelo espaço e as dicas.
A mim, faltou ser menos radical e burro. Mandei um e-mail ao Lobão e
ele me respondeu; veja você mesmo:
"Querido Jean, Eu
fico um pouco assustado quando leio uma apreciação de uma pessoa com
quem já me correspondo há algum tempo, que sempre me pareceu ser inteligente
e esclarecida e vem me formular um raciocínio que me foge inteiramente
a compreensão. Pelo que me consta, eu não paguei coisa alguma ao Faustão
para ele me convidar, nem tão pouco recebi coisa alguma p/ ir lá tocar.
É minha obrigação saber aonde estou tocando e por que o estou fazendo
naquele determinado momento. Portanto, aonde está o jabá? Eu acredito
inteiramente que ser convidado para um programa como o do Faustão, fazer
todas as minhas exigências serem cumpridas, ser anunciado exaustivamente
durante todo o programa sobre a vitória de crítica e público do meu
projeto independente, quebrar uma indexação de 11 anos proibido de aparecer
ao vivo em qualquer programa da Rede Globo de televisão, tocar na integra
a faixa título (A VIDA É DOCE) no horário nobre do programa, poder falar
sobre este projeto, agradecendo aos meios de difusão responsáveis por
este sucesso que são a internet e todas as rádios livres do Brasil (tabu
imperdoável na rede Globo e na ABERT, que insiste em entabular uma campanha
sórdida contra estas rádios, anunciando fraudulentamente mentiras absurdas
sobre elas), e ao final deste programa, tendo satisfeito amplamente
minhas requisições, apesar dos perceptíveis problemas técnicos com a
minha guitarra, não tendo outra alternativa senão puxar de improviso
alguma coisa conhecida como Me Chama, para dar um ponto final decente
ao programa ... não consigo enxergar a razão por toda essa sua indignação.
Será que você, com toda a sua sensibilidade, não conseguiu perceber
toda essa sucessão de fatos? Será que é correto reduzir a minha aparição
no Faustão a uma mera execução de "Me Chama". Será mesmo pertinente
a sua capacidade de idealizar uma rede Globo destruída com impropérios
caricatos? Não haveria, por trás de tudo isso uma complexidade um pouco
maior? Não seria uma vitoria estratégica eu aparecer para 70 milhões
de pessoas, ao vivo, numa emissora antagonista as minhas idéias, falar
educadamente sobre o meu trabalho, sobre o calcanhar de Aquiles atual
da própria emissora, que é a questão das rádios comunitárias? .....talvez,
meu caro Jean, se você não percebeu isso tudo (o que é muito), ao menos
eu posso te informar com algum consolo que recebi hoje amplo apoio das
rádios comunitárias do Brasil inteiro através de uma mensagem do presidente
da ABRACO (Ass. Bras. de Rádios Comunitárias ) José Soter, parabenizando-me
por citar a importância desta luta.
Recebi também um telefonema do Ministro
das telecomunicações Pimenta da Veiga (ele foi o homem que assinou recentemente
a legalização da rádio Favela de Belo Horizonte) e parabenizando pelo
fato raro de um artista ter a coragem de colocar a tona um assunto tão
delicado e complexo num horário nobre de domingo em plena rede Globo
de televisão. Portanto Jean, só falta dizer a você agora que o Golbery
é o gênio da raça, né?
Um grande abraco,
A VIDA É DOCE
Lobão"
Como disse, prezado
Reichenbach, as respostas estão aí, se você quiser, colocar a réplica
em sua coluna, está aí. Errei em várias circunstâncias, agi impulsivamente,
mas como falei para o próprio Lobão: "Errar faz parte do acerto".
Se
eu enxergar deste ângulo, ele só tem méritos, fora o que você falou
em sua coluna (OPUS 33), ele está totalmente certo, no meu ponto de
vista apenas percebi que em outros programas ele falou mais, por muitos
menos ele fez mais. Tudo isso só mostra que o cara não está para brincadeira,
certo ele, que continua sendo o ícone da resistência artística, "Colocando
a cara a tapa", diante das majors.
Porém, estamos atentos a qualquer
coisa, a arte não pode morrer, nem se deixar suicidar. Na realidade
Glauber estava errado, Golbery não era (nem nunca foi) o gênio da raça.
Nós todos temos um calcanhar de Aquiles.
Um abraço Jean Diego da S. N. Barros
A resposta acima deve
atender a réplica de um leitor (acredito, um amigo em comum com
o escritor Márcio de Souza), que escreveu:
Carlão,
eu estava dando uma
olhada no seu artigo sobre a festa do Oscar. Eu também compraria o CD
do Ray Charles no ato! Foi um momento fantástico... Resolvi ver o programa
do Faustão apenas para observar a performance do Lobão. E sou obrigado
a discordar daquela mensagem que você recebeu: o Lobão não se rendeu
ao sistema, não ... Fez uma performance típica de "outsider", de difícil
digestão para os telespectadores do programa. Tocou a obra-prima A
Vida é Bela de modo selvagem, com vocais gritados
... Fez o seu discurso
a favor das rádios comunitárias alternativas
e comentou sobre o seu trabalho independente. Teve problemas com sua
guitarra e acabou por jogá-la num canto, interpretando "Me Chama" acompanhado
apenas pelo contrabaixo e bateria. Os telespectadores devem ter se assustado
novamente ...
... A dignidade do
Lobão continua lá em cima...
Um abraço,
Juca Azevedo
Outro leitor da coluna
que não gostou nada das considerações do Jean Diego sobre a performance
de Lobão na rede Globo, escreveu:
Carlos,
gostei muito de seu comentário
da apresentação do Oscar na tv. Você mostrou como se faz cultura, cultura
é sempre a favor, ao contrário do que se faz em política, que o correto
é ser sempre contra. E ainda deu leve desancada no sujeito que mandou
o e-mail contra-Lobão. Cultura é "portas por onde, jamais portas contra",
como no poema do João Cabral: "fazer como a formiga, que da mistura
de areia e açúcar sabe separar o açúcar, quando o mais fácil seria reclamar
da areia".
Abraço do Gregório Gregório Pereira de Queiroz
Em defesa do leitor
Jean Diego devo informar que se trata de um bomber fidelíssimo que volta
e meia tem suprido de subsídios esta coluna semanal.
Pela imensa simpatia
com que é respondido por seu ícone é possível perceber que não se trata
de um "guerrilheiro de apartamento", mas de um antenadíssimo e afiado
inconformista. Como ninguém é dono da verdade (muito menos o escriba),
que se explicitem os equívocos para serem sanados em tempo.
Ainda sobre
o assunto Oscar 2.000, recebemos vários e-mails.
Edson E. L. Queluz
avalia o elogio às providenciais intervenções de Rubens Ewald Filho
("impagáveis").
Regina Sinibaldi reclama que se fala muito pouco de
East-West (estava concorrendo?). Como não vi o filme, me abstenho
de comentar.
Ricardo Roquete, de Goiânia, concorda com número e grau
com as opiniões da coluna sobre o evento e pergunta onde pode encontrar
uma cópia em vídeo de A Noite dos Mortos Vivos de George A. Romero
(socorro, Albornoz!).
Me detenho, no entanto,
no e-mail de um leitor (acredito) bastante jovem:
Minha TV parecia ter se rebelado contra mim. Eu mexia a antena pra lá,
mexia a antena pra cá, e nada de pegar o SBT. Eu estourava de nervos.
Queria pegar aquela joça e jogar contra a parede; em seguida, sair por
aí matando todo mundo.
Eu, um cinéfilo fanático, não poder assistir
à festa do Oscar?! Meus Deus, aquilo só poderia ser conspiração dos
deuses! Mas, enfim, não pude ver porcaria nenhuma, tentando me convencer
de que a entrega era sempre a mesma coisa, a mesma chatice e moralidade
da Academia e coisa e tal. Mas no fundo, eu estava com ódio de Deus
e todo mundo por não poder vê-la.
Bem...e não vi. Na mesma noite, tive
de me contentar em ler os resultados na Internet. E quase morro do coração
quando descubro que Beleza Americana ganhou o Oscar de melhor filme.
Meu Deus! seria sinal dos tempos? Cheguei a espiar pela veneziana da
janela para ver se os cavaleiros do apocalipse não estavam descendo
do céu.
A moralidade da Academia... o que havia ocorrido com ela? Pensei,
pensei, pensei, e só cheguei a uma conclusão: por traz da imensa muralha
da ignorância em Hollywood, formada por produtores que se interessam
mais pela conta bancária do que pela qualidade de seus filmes, existe
vida inteligente. Beleza Americana, um filme que detona com a
american way life, com ares de independente, produzido pelo Spielberg,
havia ganhado cinco Oscar.
Mais uma prova - coisa que A Bruxa de Blair
já tinha mais que provado - de que com um bom roteiro, bons atores e
um olho competente na câmera, é possível produzir uma obra-prima sem
gastar mundo- falamos em termos hollywoodyanos. No entanto, essa justiça
foi marcada por mil e uma injustiças: e Dogma, e Clube da
Luta, onde foram, que nem na indicações apareceram? Olha, Clube
da Luta é um dos melhores filmes que eu já vi, e Dogma também,
e sei que muitos acham isso.
Hollywood está mudando, mas creio que ainda
não esteja preparada para obras rebeldes e repulsivas, apaixonantes
de tão realistas, quanto estes dois filmes. Outra coisa que me deixou
P da vida, foi a protagonista de A Bruxa de Blair ganhar a Framboesa
de Ouro de pior atriz. Ora, o desempenho dela foi de primeiríssima qualidade,
um dos mais convincentes que já vi! Isso me deixou irado.
Foi uma baita
de uma injustiça, não acha? Olha, um dos meus objetivos na existência
é ser cineasta, mas depois de ver barbaridades como esta, tenho minha
dúvidas, mesmo que exista um tal de Beleza Americana para eu não me
afogar. E efeitos especiais? Onde ficou Star Wars episódio 1?
Tudo bem que Matrix é ótimo, uma verdadeira revolução ao ressuscitar
a figura do super-herói, mas para mim, pelo menos uma estatueta o George
Lucas merecia. Trocando de assunto, gostaria de saber sua opinião sobre
Quentin Tarantino e Oliver Stone, os diretores que mais admiro no cinema
atual; já assisti a todos os seus filmes.
Agora são 11:40 da noite e
eu estou com um pouco de sono. Ali na TV, passa o idiota As Aventuras
de James West, que loquei não sei porque - deve ser sadomasoquismo.
Acho que vou para a cama dormir, sonhar com uma Denise Richards fazendo
tudo o que eu quero... Por hoje é só.
Este é o primeiro e-mail que mando,
e digo que só o escrevi, pois não tinha nada de novo para fazer na Web
depois de ler a sua carta e vasculhar alguns sites velhos conhecidos.
Espero sua resposta
Um abraço,
Eduardo M. Frizzo de Santo Ângelo-RS
Pois é, Eduardo, mesmo
ameaçado de perder um leitor, sou obrigado a revelar que a única coisa
que concordo totalmente com você é a respeito dos predicados oníricos
(e onanísticos) da deliciosa Denise Richards. Mas quem sonha com um
biju destes merece respeito. Não vi nem Clube da Luta e nem A
Bruxa de Blair (aluguei o vídeo da bruxa três vezes, mas não tive
estímulo para assistir), por isso não entro no mérito.
O primeiro gerou
uma das colunas mais polêmicas do Bomber, o segundo nem isso. Oliver
Stone é o embuste da década. Fez dois ou três filmes interessante e
menos afetados (Salvador, JFK e Nixon) e acabou
se rendendo ao fetiche e à bijuteria imagética (Reviravolta é
um dos piores filmes que vi na minha vida).
Tarantino é daqueles casos
em que o sucesso imediato foi fatal: como diria Pound, começou inventando
(Cães de Aluguel) e terminou diluindo. Quanto ao último
George Lucas, parece que a Academia acertou em cheio cobrindo de prêmios
o inovador Matrix e dando uma banana para a arrogância megalomaníaca
do projeto Star Wars.
É bom o senhor George Lucas aprender de
vez que alta tecnologia e grana à beça não substituem inteligência e
criatividade. Matrix eu vi no cinema, em vídeo, e quando chegar
meu aparelho de DVD, compro uma cópia. Esses irmãos Andy e Larry Wachowski
são animais. Seu filme anterior, Bound (Ligadas Pelo Desejo
- 96), é um dos filmes mais eróticos dos últimos anos, com a bocuda
Gina Gershon e a rechonchuda Jennifer Tilly indo às vias de fato na
ausência do "cara de castrado" (como diria o saudoso Rubem Biáfora)
Joe Pantoliano. Bound e Showgirls, de Paul Verhoeven,
são dois dos filmes mais vulgares e safados do cinema recente. Por isso,
ótimos. Respondem à altura a contestação retardada de um Beleza Americana,
por exemplo. Como diz meu amigo Dalton Germanos, o Oscar do ano 2.000
é um filme para quem pratica o papai e mamãe e só encara as variações
numa tela de cinema.
Bola Dentro e Bola
Fora do Bomber
Reproduzo aqui uma
indicação de duas semanas atrás: Os fãs do cinema, digamos, menos comportado,
já possuem um endereço certo e local. É o B Zine, editado "a duras penas"
por Sérgio Reis. As várias sessões se subdividem em: cult horror, exploitation,
femmes fatales, o melhor do pior, euro-horror, a gata do mês, asian-cult
e até dicas de cd. A animação inclusa em algumas das sessões são, como
diria um internauta japonês "uma saro" - (valeu, Jairo Ferreira). Em
"Exploitation", uma loura atravessa a tela, dá uma paradinha no centro
e abre o sobretudo revelando os atributos. A gata deste mês é Barbara
Crampton, de Re-Animator e From Beyond.
https://usuarios.unincor.br/bzine/
O bomber acertou e
errou feio. O site é ótimo mas o nome do editor é Lúcio Reis.
Na seqüência,
o e-mail do próprio.
Caro Carlão.
Soube hoje, através de meu amigo Carlos
Thomaz que minha Home Page, o B Zine, que havia sido divulgada em sua
coluna, no dia 20/03, o que me deixou muito feliz. Porém, apenas um
detalhe: meu nome é Lúcio Reis, e não Sérgio Reis, como você citou.
Sérgio Reis é o cantor sertanejo e eu não canto nem no banheiro. Quanto
aos filmes "estranhos", gostaria de acrescentar à sua lista (na verdade,
a citação de Kenneth Anger é do crítico e cineasta João Carlos Rodrigues,
que inclusive o conhece pessoalmente) outros dois de Anger: Invocation
of my Demon Brother e Inauguration of the Pleasure Dome,
além de uma história de vampiros contemporânea chamada Night Owl, produção
indie em branco e preto com um ainda não conhecido John Leguizamo e
a participação da sempre-gata Caroline Munro. Um abraço.
Lúcio Reis
Indicações da semana
"A arte não ensinada
nada, exceto o significado da vida." - Henry Miller
"Arte é a assinatura
das civilizações." - Beverly Sills
"Arte é uma experiência,
não a formulação de um problema." - Lindsay Anderson
"Atuar é a expressão
de um impulso neurótico." - Marlon Brando
Para os amantes das
paráfrases e citações, o endereço certo é:
https://www.cyber-nation.com/victory/quotations/
The Astounding B Monsters
- Ótimo site sobre cult movies:
https://www.bmonster.com/
Mais um site para
a pesquisa cinematográfica: directorsnet. Um endereço em permanente
construção, mas extremamente útil.
https://www.directorsnet.com/
Neste site você encontra
um livro raro para os futuros diretores: "Directing Actors" de Judith
Weston. Não deixe de visitar a página dedicada à Jack Hil:
https://www.directorsnet.com/jhill/
Dois bons endereços
internacionais de crítica cinematográfica. Um é finlandês e o outro
sueco. Ambos com versões em inglês. No sueco, uma análise acurada de
Magnólia de Paul Thomaz Anderson feita por Richard Peña,
ex-aluno de Paulo Emílio Salles Gomes e atual diretor do Festival de
Nova York.
https://www.filmwatch.net/
https://www.filmkritik.org/eng/index2.html
Critics.com.
Site americano de crítica, bem ao gosto descartável da matriz. Dedinhos
para cima e dedinhos para baixo no estilo gostei e não gostei. Atualizado
toda a sexta-feira. Leia as análises dos filmes indicados ao Oscar,
divirta-se e e massageie o ego. Bom endereço para quem gosta de se descobrir
gênio.
https://www.critics.com/
The Online Film Critics Society. Fundada em 1987, a OFCS é a primeira
sociedade que reune alguns críticos do mundo todo em atividade na Web.
Seu jornal, oferece bom material de análise fílmica, mas a tendência
é bem xenófoba. Oferece um arquivo de ensaios e análises de filmes do
mundo todo. Quando selecionado o filme analisado, o site indica o link
para o texto desejado. Visite a avaliação anual e os melhores da OFCS.
É a cara do Oscar. O melhor Web Site de Cinema do 99 para a OFCS foi
ROGER EBERT ON MOVIES. Sintomático.
https://www.ofcs.org/
https://www.suntimes.com/ebert/index.html
O Film Education website foi bastante elogiado pelos cineastas John
Madden e o escocês Bill Forsyth. Trata-se de um endereço voltado para
professores e estudantes do ensino primário e secundário que utilizam
o cinema no currículo.
https://www.filmeducation.org/
Vale a pena
dar uma espiada na premiação anual dos jovens críticos; garotada de
14 e 15 anos avaliando filmes como Matrix, A Múmia
e A Vida é Bela.
https://www.filmeducation.org/live/yfc/yfc.html
Um bom site de análise
cinematográfica com uma apresentação incrementada, embora lenta, é JEEEM´S
CINE PAD. Na página dedicada aos filmes favoritos há um ótimo texto
de Jim Emerson sobre Intendente Sansho de Kenji Mizogushi. Mas
o mais delicioso do site está nas páginas de Piores e Horríveis. Emerson
destila seu fel em cima dos filmes que "insultam os amantes do cinema":
Assassinos por Natureza, Sociedade dos Poetas Mortos,
Mississipi em Chamas, Pretty Woman e A Vida é
Bela de Roberto Benigni.
https://www.cinepad.com/
Embora seja um site de
vendas, a Reel Com. é um valioso endereço de pesquisa. Cada filme procurado
possui um Movie Anathomy, onde os editores avaliam 14 aspectos definidos
da obra, através de cotações: sexo, violência, ação, humor, apelo familiar,
romance, suspense, profundidade dramática, viés hollywoodiano (ótimo aproach),
qualidade da cinematografia, desenvolvimento de personagens, soundtrack,
efeitos especiais e um curioso Offbeat Energy. Merecia ser copiado por
alguma publicação nativa.
https://www.reel.com/
A obra prima de Jack
Hill, Spider Baby, em DVD, está sendo vendida a preço convidativo
pela Reel Com. (14 dólares). Vá ao endereço abaixo e encomende o seu:
https://www.reel.com/movie.asp?MID=9070&tab=
dvd#tabs
Fundada em 1995, a
FilmCritic é um dos primeiros sites de análise fílmica surgidas na Web.
Pelas analises da edição atual, é um endereço sério. Os textos são curtos
mas competentes. Sobre o último filme de Polanski, O Nono Portal,
o crítico aguça ainda mais a curiosidade. Já, o novo De Palma, recebeu
uma única estrelinha. Nem li. Opiniões à parte, vale a pena colocá-lo
entre os favoritos.
https://www.filmcritic.com/
Para o rol do debate
da função da crítica cinematográfica, vale a pena ler a entrevista do
lendário Andrew Sarris para o World Socialist Web Site.
https://www.wsws.org/arts/1998/july1998/asin-j01.shtml
Godardianos do Brasil,
uni-vos! Conheçam os melhores sites dedicados ao maior homem de cinema
em atividade no mundo. No primeiro, o site oficial de Godard, você tem
acesso ao e-mail do próprio e pode escrever em inglês ou francês. Se
ele responde, é outra história. No terceiro, da Universidade de Berkeley,
uma ampla bibliografia sobre o cineasta.
https://www.ixvm.com/godard/
https://www.contempt.net/godard-new.html
https://www.lib.berkeley.edu/MRC/godardbib.html
Mais um bom endereço
de cinema em espanhol. Possui filmografias completas de grandes diretores,
atores e diretores de fotografia. Voltado ao supra sumo do écran.
https://www.monteuve.com/
CARLOS REICHENBACH
Comentários, desgostos, bombas e coquetéis podem ser enviados para:
reichenbach@zaz.com.br
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