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CARTAS DO REICHENBOMBER - Opus 34

O amigo e crítico italiano Roberto Silvestri, do jornal Il Manifesto, que durante certo tempo foi curador do Festival de Rimini, na Itália, falou em Roterdã com muito entusiasmo de uma das maiores revelações do evento, o cineasta americano Jack Hill.

Egresso da Corman´s Factory e contemporâneo de Coppola, Scorsese, Bogdanovitch e Monte Hellman, Hill foi um dos únicos que seguiu, por três décadas, fiel ao espírito do cinema para Drive-In; pouca grana, histórias ágeis e criatividade a mil. Hoje é considerado um mito entre realizadores de porte e aficionados da sub-cultura. Era uma lacuna em minha cinefilia, já que seus filmes nunca foram lançados comercialmente no Brasil.


Retrato de Jack Hill

Finalmente, o informadíssimo amigo Hugo Malavolta me emprestou o vídeo de Switchblade Sisters (75), lançado em vídeo por estas bandas com o título de Faca na Garganta, e de maneira quase clandestina pela extinta Luna Vídeo. O próprio Hugo comprou o cassete numa destas bancas alternativas que pipocam pelo centro de São Paulo a preço de paçoca.

Para encontrar a raridade, só visitando as locadoras da periferia ou dando sorte entre um rapa e outro. Quanto ao filme, estou em estado de graça. O homem é um assombro. Uma das melhores crias do Corman. O filme tem uma produção chulé, com fotografia lavada igual aos primeiros filmes do Cronemberg.


Cena de Faca na Garganta

Começa como um subproduto da Boca do Lixo, com gang de meninas malvadas, prisão feminina e vigilantes lésbicas interpretadas por atrizes histriônicas, cheio de clichês e obviedades. Aos poucos a geléia diluída vai se transformando numa incrível tragédia grega com muita luta de poder, vira um filme político e maoísta (com direito a livro vermelho e tudo!) e termina como uma ode desenfreada à rebeldia.

Absolutamente transgressivo e com uma antológica seqüência numa pista de patinação no gelo. Dizem que Faca na Garganta é o filme fetiche das lésbicas americanas; pode e deve ser. É barato, é bom demais, mas nunca mauricinho. Na sua displicência, é deslumbrante. É rústica e dasavergonhadamente talentoso, como Naked Kiss de Fuller e Two Lane Blacktop de Monte Hellman.

Ao seguir a carreira fazendo filmes vagabundos e geniais, Jack Hill é o exemplo de como grana em excesso destrói talentos instintivos. Tarantino que o diga, já que é seu fã incondicional. Jackie Brown é uma homenagem explícita aos filmes que Hill dirigiu com a Pam Grier.

Vou cair matando em cima de Spider Baby (de 1964), que dizem ser sua obra prima, e preciosidades como Portrait in Terror (65), Pit Stop (69), Big Doll House (71), The Swinging Cheerleaders e Foxy Brown (com Pam Grier e Antonio Fargas - 74).

Para conhecer melhor Jack Hill, visite os sites indicados abaixo. No primeiro, a filmografia completa, mais entrevista. No último, a página é dedicada ao "lesbian cult classic" Faca na Garganta (não deixe de dar uma espiada).

https://www.scorelogue.com/hilltalk.html

https://www.roughcut.com/main/drive2jun5.html

https://www.bmonster.com/profile19.html

https://www.scorelogue.com/jackhill.html

https://mrshowbiz.go.com/interviews/139_1.html

https://www.picturethisent.com/movies/switchblade/


Cartas Ao Bomber

O efeito Lobão, no opus anterior, foi fulminante. Entre os vários e-mails enviados à coluna vale a pena conferir na íntegra a contribuição do fiel que irritou os fãs do cantor-compositor.

Prezado Reichenbach,

Ainda está barulhento em minha cabeça o OPUS 30 (na verdade, o Opus 33), com a abertura do meu e-mail. Obrigado pelo espaço e as dicas. A mim, faltou ser menos radical e burro. Mandei um e-mail ao Lobão e ele me respondeu; veja você mesmo:

"Querido Jean, Eu fico um pouco assustado quando leio uma apreciação de uma pessoa com quem já me correspondo há algum tempo, que sempre me pareceu ser inteligente e esclarecida e vem me formular um raciocínio que me foge inteiramente a compreensão. Pelo que me consta, eu não paguei coisa alguma ao Faustão para ele me convidar, nem tão pouco recebi coisa alguma p/ ir lá tocar. É minha obrigação saber aonde estou tocando e por que o estou fazendo naquele determinado momento. Portanto, aonde está o jabá? Eu acredito inteiramente que ser convidado para um programa como o do Faustão, fazer todas as minhas exigências serem cumpridas, ser anunciado exaustivamente durante todo o programa sobre a vitória de crítica e público do meu projeto independente, quebrar uma indexação de 11 anos proibido de aparecer ao vivo em qualquer programa da Rede Globo de televisão, tocar na integra a faixa título (A VIDA É DOCE) no horário nobre do programa, poder falar sobre este projeto, agradecendo aos meios de difusão responsáveis por este sucesso que são a internet e todas as rádios livres do Brasil (tabu imperdoável na rede Globo e na ABERT, que insiste em entabular uma campanha sórdida contra estas rádios, anunciando fraudulentamente mentiras absurdas sobre elas), e ao final deste programa, tendo satisfeito amplamente minhas requisições, apesar dos perceptíveis problemas técnicos com a minha guitarra, não tendo outra alternativa senão puxar de improviso alguma coisa conhecida como Me Chama, para dar um ponto final decente ao programa ... não consigo enxergar a razão por toda essa sua indignação.

Será que você, com toda a sua sensibilidade, não conseguiu perceber toda essa sucessão de fatos? Será que é correto reduzir a minha aparição no Faustão a uma mera execução de "Me Chama". Será mesmo pertinente a sua capacidade de idealizar uma rede Globo destruída com impropérios caricatos? Não haveria, por trás de tudo isso uma complexidade um pouco maior? Não seria uma vitoria estratégica eu aparecer para 70 milhões de pessoas, ao vivo, numa emissora antagonista as minhas idéias, falar educadamente sobre o meu trabalho, sobre o calcanhar de Aquiles atual da própria emissora, que é a questão das rádios comunitárias? .....talvez, meu caro Jean, se você não percebeu isso tudo (o que é muito), ao menos eu posso te informar com algum consolo que recebi hoje amplo apoio das rádios comunitárias do Brasil inteiro através de uma mensagem do presidente da ABRACO (Ass. Bras. de Rádios Comunitárias ) José Soter, parabenizando-me por citar a importância desta luta.

Recebi também um telefonema do Ministro das telecomunicações Pimenta da Veiga (ele foi o homem que assinou recentemente a legalização da rádio Favela de Belo Horizonte) e parabenizando pelo fato raro de um artista ter a coragem de colocar a tona um assunto tão delicado e complexo num horário nobre de domingo em plena rede Globo de televisão. Portanto Jean, só falta dizer a você agora que o Golbery é o gênio da raça, né?

Um grande abraco,

A VIDA É DOCE

Lobão"

Como disse, prezado Reichenbach, as respostas estão aí, se você quiser, colocar a réplica em sua coluna, está aí. Errei em várias circunstâncias, agi impulsivamente, mas como falei para o próprio Lobão: "Errar faz parte do acerto".

Se eu enxergar deste ângulo, ele só tem méritos, fora o que você falou em sua coluna (OPUS 33), ele está totalmente certo, no meu ponto de vista apenas percebi que em outros programas ele falou mais, por muitos menos ele fez mais. Tudo isso só mostra que o cara não está para brincadeira, certo ele, que continua sendo o ícone da resistência artística, "Colocando a cara a tapa", diante das majors.

Porém, estamos atentos a qualquer coisa, a arte não pode morrer, nem se deixar suicidar. Na realidade Glauber estava errado, Golbery não era (nem nunca foi) o gênio da raça. Nós todos temos um calcanhar de Aquiles.

Um abraço Jean Diego da S. N. Barros

A resposta acima deve atender a réplica de um leitor (acredito, um amigo em comum com o escritor Márcio de Souza), que escreveu:

Carlão,

eu estava dando uma olhada no seu artigo sobre a festa do Oscar. Eu também compraria o CD do Ray Charles no ato! Foi um momento fantástico... Resolvi ver o programa do Faustão apenas para observar a performance do Lobão. E sou obrigado a discordar daquela mensagem que você recebeu: o Lobão não se rendeu ao sistema, não ... Fez uma performance típica de "outsider", de difícil digestão para os telespectadores do programa. Tocou a obra-prima A Vida é Bela de modo selvagem, com vocais gritados

... Fez o seu discurso a favor das rádios comunitárias alternativas e comentou sobre o seu trabalho independente. Teve problemas com sua guitarra e acabou por jogá-la num canto, interpretando "Me Chama" acompanhado apenas pelo contrabaixo e bateria. Os telespectadores devem ter se assustado novamente ...

... A dignidade do Lobão continua lá em cima...

Um abraço,

Juca Azevedo

Outro leitor da coluna que não gostou nada das considerações do Jean Diego sobre a performance de Lobão na rede Globo, escreveu:

Carlos,

gostei muito de seu comentário da apresentação do Oscar na tv. Você mostrou como se faz cultura, cultura é sempre a favor, ao contrário do que se faz em política, que o correto é ser sempre contra. E ainda deu leve desancada no sujeito que mandou o e-mail contra-Lobão. Cultura é "portas por onde, jamais portas contra", como no poema do João Cabral: "fazer como a formiga, que da mistura de areia e açúcar sabe separar o açúcar, quando o mais fácil seria reclamar da areia".

Abraço do Gregório Gregório Pereira de Queiroz

Em defesa do leitor Jean Diego devo informar que se trata de um bomber fidelíssimo que volta e meia tem suprido de subsídios esta coluna semanal.

Pela imensa simpatia com que é respondido por seu ícone é possível perceber que não se trata de um "guerrilheiro de apartamento", mas de um antenadíssimo e afiado inconformista. Como ninguém é dono da verdade (muito menos o escriba), que se explicitem os equívocos para serem sanados em tempo.

Ainda sobre o assunto Oscar 2.000, recebemos vários e-mails.

Edson E. L.
Queluz avalia o elogio às providenciais intervenções de Rubens Ewald Filho ("impagáveis").

Regina Sinibaldi
reclama que se fala muito pouco de East-West (estava concorrendo?). Como não vi o filme, me abstenho de comentar.

Ricardo Roquete, de Goiânia, concorda com número e grau com as opiniões da coluna sobre o evento e pergunta onde pode encontrar uma cópia em vídeo de A Noite dos Mortos Vivos de George A. Romero (socorro, Albornoz!).

Me detenho, no entanto, no e-mail de um leitor (acredito) bastante jovem:

Minha TV parecia ter se rebelado contra mim. Eu mexia a antena pra lá, mexia a antena pra cá, e nada de pegar o SBT. Eu estourava de nervos. Queria pegar aquela joça e jogar contra a parede; em seguida, sair por aí matando todo mundo.

Eu, um cinéfilo fanático, não poder assistir à festa do Oscar?! Meus Deus, aquilo só poderia ser conspiração dos deuses! Mas, enfim, não pude ver porcaria nenhuma, tentando me convencer de que a entrega era sempre a mesma coisa, a mesma chatice e moralidade da Academia e coisa e tal. Mas no fundo, eu estava com ódio de Deus e todo mundo por não poder vê-la.

Bem...e não vi. Na mesma noite, tive de me contentar em ler os resultados na Internet. E quase morro do coração quando descubro que Beleza Americana ganhou o Oscar de melhor filme. Meu Deus! seria sinal dos tempos? Cheguei a espiar pela veneziana da janela para ver se os cavaleiros do apocalipse não estavam descendo do céu.

A moralidade da Academia... o que havia ocorrido com ela? Pensei, pensei, pensei, e só cheguei a uma conclusão: por traz da imensa muralha da ignorância em Hollywood, formada por produtores que se interessam mais pela conta bancária do que pela qualidade de seus filmes, existe vida inteligente. Beleza Americana, um filme que detona com a american way life, com ares de independente, produzido pelo Spielberg, havia ganhado cinco Oscar.

Mais uma prova - coisa que A Bruxa de Blair já tinha mais que provado - de que com um bom roteiro, bons atores e um olho competente na câmera, é possível produzir uma obra-prima sem gastar mundo- falamos em termos hollywoodyanos. No entanto, essa justiça foi marcada por mil e uma injustiças: e Dogma, e Clube da Luta, onde foram, que nem na indicações apareceram? Olha, Clube da Luta é um dos melhores filmes que eu já vi, e Dogma também, e sei que muitos acham isso.

Hollywood está mudando, mas creio que ainda não esteja preparada para obras rebeldes e repulsivas, apaixonantes de tão realistas, quanto estes dois filmes. Outra coisa que me deixou P da vida, foi a protagonista de A Bruxa de Blair ganhar a Framboesa de Ouro de pior atriz. Ora, o desempenho dela foi de primeiríssima qualidade, um dos mais convincentes que já vi! Isso me deixou irado.

Foi uma baita de uma injustiça, não acha? Olha, um dos meus objetivos na existência é ser cineasta, mas depois de ver barbaridades como esta, tenho minha dúvidas, mesmo que exista um tal de Beleza Americana para eu não me afogar. E efeitos especiais? Onde ficou Star Wars episódio 1?

Tudo bem que Matrix é ótimo, uma verdadeira revolução ao ressuscitar a figura do super-herói, mas para mim, pelo menos uma estatueta o George Lucas merecia. Trocando de assunto, gostaria de saber sua opinião sobre Quentin Tarantino e Oliver Stone, os diretores que mais admiro no cinema atual; já assisti a todos os seus filmes.

Agora são 11:40 da noite e eu estou com um pouco de sono. Ali na TV, passa o idiota As Aventuras de James West, que loquei não sei porque - deve ser sadomasoquismo. Acho que vou para a cama dormir, sonhar com uma Denise Richards fazendo tudo o que eu quero... Por hoje é só.

Este é o primeiro e-mail que mando, e digo que só o escrevi, pois não tinha nada de novo para fazer na Web depois de ler a sua carta e vasculhar alguns sites velhos conhecidos. Espero sua resposta

Um abraço,
Eduardo M. Frizzo de Santo Ângelo-RS

Pois é, Eduardo, mesmo ameaçado de perder um leitor, sou obrigado a revelar que a única coisa que concordo totalmente com você é a respeito dos predicados oníricos (e onanísticos) da deliciosa Denise Richards. Mas quem sonha com um biju destes merece respeito. Não vi nem Clube da Luta e nem A Bruxa de Blair (aluguei o vídeo da bruxa três vezes, mas não tive estímulo para assistir), por isso não entro no mérito.

O primeiro gerou uma das colunas mais polêmicas do Bomber, o segundo nem isso. Oliver Stone é o embuste da década. Fez dois ou três filmes interessante e menos afetados (Salvador, JFK e Nixon) e acabou se rendendo ao fetiche e à bijuteria imagética (Reviravolta é um dos piores filmes que vi na minha vida).

Tarantino é daqueles casos em que o sucesso imediato foi fatal: como diria Pound, começou inventando (Cães de Aluguel) e terminou diluindo. Quanto ao último George Lucas, parece que a Academia acertou em cheio cobrindo de prêmios o inovador Matrix e dando uma banana para a arrogância megalomaníaca do projeto Star Wars.

É bom o senhor George Lucas aprender de vez que alta tecnologia e grana à beça não substituem inteligência e criatividade. Matrix eu vi no cinema, em vídeo, e quando chegar meu aparelho de DVD, compro uma cópia. Esses irmãos Andy e Larry Wachowski são animais. Seu filme anterior, Bound (Ligadas Pelo Desejo - 96), é um dos filmes mais eróticos dos últimos anos, com a bocuda Gina Gershon e a rechonchuda Jennifer Tilly indo às vias de fato na ausência do "cara de castrado" (como diria o saudoso Rubem Biáfora) Joe Pantoliano. Bound e Showgirls, de Paul Verhoeven, são dois dos filmes mais vulgares e safados do cinema recente. Por isso, ótimos. Respondem à altura a contestação retardada de um Beleza Americana, por exemplo. Como diz meu amigo Dalton Germanos, o Oscar do ano 2.000 é um filme para quem pratica o papai e mamãe e só encara as variações numa tela de cinema.

Bola Dentro e Bola Fora do Bomber

Reproduzo aqui uma indicação de duas semanas atrás: Os fãs do cinema, digamos, menos comportado, já possuem um endereço certo e local. É o B Zine, editado "a duras penas" por Sérgio Reis. As várias sessões se subdividem em: cult horror, exploitation, femmes fatales, o melhor do pior, euro-horror, a gata do mês, asian-cult e até dicas de cd. A animação inclusa em algumas das sessões são, como diria um internauta japonês "uma saro" - (valeu, Jairo Ferreira). Em "Exploitation", uma loura atravessa a tela, dá uma paradinha no centro e abre o sobretudo revelando os atributos. A gata deste mês é Barbara Crampton, de Re-Animator e From Beyond.

https://usuarios.unincor.br/bzine/

O bomber acertou e errou feio. O site é ótimo mas o nome do editor é Lúcio Reis.

Na seqüência, o e-mail do próprio.

Caro Carlão.

Soube hoje, através de meu amigo Carlos Thomaz que minha Home Page, o B Zine, que havia sido divulgada em sua coluna, no dia 20/03, o que me deixou muito feliz. Porém, apenas um detalhe: meu nome é Lúcio Reis, e não Sérgio Reis, como você citou. Sérgio Reis é o cantor sertanejo e eu não canto nem no banheiro. Quanto aos filmes "estranhos", gostaria de acrescentar à sua lista (na verdade, a citação de Kenneth Anger é do crítico e cineasta João Carlos Rodrigues, que inclusive o conhece pessoalmente) outros dois de Anger: Invocation of my Demon Brother e Inauguration of the Pleasure Dome, além de uma história de vampiros contemporânea chamada Night Owl, produção indie em branco e preto com um ainda não conhecido John Leguizamo e a participação da sempre-gata Caroline Munro. Um abraço.

Lúcio Reis

Indicações da semana

"A arte não ensinada nada, exceto o significado da vida." - Henry Miller

"Arte é a assinatura das civilizações." - Beverly Sills

"Arte é uma experiência, não a formulação de um problema." - Lindsay Anderson

"Atuar é a expressão de um impulso neurótico." - Marlon Brando

Para os amantes das paráfrases e citações, o endereço certo é:

https://www.cyber-nation.com/victory/quotations/

The Astounding B Monsters - Ótimo site sobre cult movies:

https://www.bmonster.com/

Mais um site para a pesquisa cinematográfica: directorsnet. Um endereço em permanente construção, mas extremamente útil.

https://www.directorsnet.com/

Neste site você encontra um livro raro para os futuros diretores: "Directing Actors" de Judith Weston. Não deixe de visitar a página dedicada à Jack Hil:

https://www.directorsnet.com/jhill/

Dois bons endereços internacionais de crítica cinematográfica. Um é finlandês e o outro sueco. Ambos com versões em inglês. No sueco, uma análise acurada de Magnólia de Paul Thomaz Anderson feita por Richard Peña, ex-aluno de Paulo Emílio Salles Gomes e atual diretor do Festival de Nova York.

https://www.filmwatch.net/
https://www.filmkritik.org/eng/index2.html


Critics.com.
Site americano de crítica, bem ao gosto descartável da matriz. Dedinhos para cima e dedinhos para baixo no estilo gostei e não gostei. Atualizado toda a sexta-feira. Leia as análises dos filmes indicados ao Oscar, divirta-se e e massageie o ego. Bom endereço para quem gosta de se descobrir gênio.

https://www.critics.com/


The Online Film Critics Society. Fundada em 1987, a OFCS é a primeira sociedade que reune alguns críticos do mundo todo em atividade na Web. Seu jornal, oferece bom material de análise fílmica, mas a tendência é bem xenófoba. Oferece um arquivo de ensaios e análises de filmes do mundo todo. Quando selecionado o filme analisado, o site indica o link para o texto desejado. Visite a avaliação anual e os melhores da OFCS. É a cara do Oscar. O melhor Web Site de Cinema do 99 para a OFCS foi ROGER EBERT ON MOVIES. Sintomático.
https://www.ofcs.org/

https://www.suntimes.com/ebert/index.html


O Film Education website foi bastante elogiado pelos cineastas John Madden e o escocês Bill Forsyth. Trata-se de um endereço voltado para professores e estudantes do ensino primário e secundário que utilizam o cinema no currículo.

https://www.filmeducation.org/


Vale a pena dar uma espiada na premiação anual dos jovens críticos; garotada de 14 e 15 anos avaliando filmes como Matrix, A Múmia e A Vida é Bela.
https://www.filmeducation.org/live/yfc/yfc.html


Um bom site de análise cinematográfica com uma apresentação incrementada, embora lenta, é JEEEM´S CINE PAD. Na página dedicada aos filmes favoritos há um ótimo texto de Jim Emerson sobre Intendente Sansho de Kenji Mizogushi. Mas o mais delicioso do site está nas páginas de Piores e Horríveis. Emerson destila seu fel em cima dos filmes que "insultam os amantes do cinema": Assassinos por Natureza, Sociedade dos Poetas Mortos, Mississipi em Chamas, Pretty Woman e A Vida é Bela de Roberto Benigni.

https://www.cinepad.com/


Embora seja um site de vendas, a Reel Com. é um valioso endereço de pesquisa. Cada filme procurado possui um Movie Anathomy, onde os editores avaliam 14 aspectos definidos da obra, através de cotações: sexo, violência, ação, humor, apelo familiar, romance, suspense, profundidade dramática, viés hollywoodiano (ótimo aproach), qualidade da cinematografia, desenvolvimento de personagens, soundtrack, efeitos especiais e um curioso Offbeat Energy. Merecia ser copiado por alguma publicação nativa.

https://www.reel.com/


A obra prima de Jack Hill, Spider Baby, em DVD, está sendo vendida a preço convidativo pela Reel Com. (14 dólares). Vá ao endereço abaixo e encomende o seu:

https://www.reel.com/movie.asp?MID=9070&tab=
dvd#tabs






Fundada em 1995, a FilmCritic é um dos primeiros sites de análise fílmica surgidas na Web. Pelas analises da edição atual, é um endereço sério. Os textos são curtos mas competentes. Sobre o último filme de Polanski, O Nono Portal, o crítico aguça ainda mais a curiosidade. Já, o novo De Palma, recebeu uma única estrelinha. Nem li. Opiniões à parte, vale a pena colocá-lo entre os favoritos.

https://www.filmcritic.com/


Para o rol do debate da função da crítica cinematográfica, vale a pena ler a entrevista do lendário Andrew Sarris para o World Socialist Web Site.

https://www.wsws.org/arts/1998/july1998/asin-j01.shtml


Godardianos do Brasil, uni-vos! Conheçam os melhores sites dedicados ao maior homem de cinema em atividade no mundo. No primeiro, o site oficial de Godard, você tem acesso ao e-mail do próprio e pode escrever em inglês ou francês. Se ele responde, é outra história. No terceiro, da Universidade de Berkeley, uma ampla bibliografia sobre o cineasta.

https://www.ixvm.com/godard/

https://www.contempt.net/godard-new.html
https://www.lib.berkeley.edu/MRC/godardbib.html



Mais um bom endereço de cinema em espanhol. Possui filmografias completas de grandes diretores, atores e diretores de fotografia. Voltado ao supra sumo do écran.

https://www.monteuve.com/




CARLOS REICHENBACH



Comentários, desgostos, bombas e coquetéis podem ser enviados para: reichenbach@zaz.com.br


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