Busca

Pressione "Enter"

Cobertura completa Sites de cinema Grupos de discussão Colunistas Os melhores filmes Notas dos filmes Todos os filmes Roteiro de cinema O que está passando no Brasil


CARTAS DO REICHENBOMBER - Opus 49


Aos fiéis e leitores esporádicos

Estou me transferindo para um novo portal dedicado exclusivamente a cinema, para o qual fui um dos articulistas contratados para escrever semanalmente.

Até agora eu vinha exercendo a atividade de escrever sobre cinema essencialmente para o meu prazer, pois imagino que minha vocação é fazer filmes e não, primordialmente, me debruçar sobre os filmes dos outros. Confesso: meu fôlego e disponibilidade não são suficientes para atender regularmente duas colunas semanais.

Mas não gostaria de interromper o contato com os fiéis da coluna e do Terra, sobretudo com aqueles que tem sistematicamente conferido os sites indicados e se correspondido comigo.

A coluna do Bomber poderá prosseguir, à partir de agora, com regularidade mensal. Claro, caso o editor aceite.

A coluna semanal no Terra me ensinou muita coisa, sobretudo valorizar as potencialidades da Web. Hoje estou com a memória do meu computador entupida de endereços por conta da pescaria semanal pelos mega sites de busca; uma distração agradável, um passatempo viciante, que tem me tornado ainda mais displicente com os lançamentos das salas de cinema.

Graças a disciplina que a regularidade da coluna me habitou pude atestar o quanto a Internet estimula o aprofundamento do conhecimento. O aspecto mais notável da Web é que ela democratiza a informação, mesmo. Recentemente, à procura de material sobre um obscuro poeta iugoslavo, me descobri invadindo farto material disponibilizado por uma universidade canadense. Como filho e neto de editores, cresci cercado de quase todas as melhores enciclopédias impressas no mundo. Tudo que não encontrei nelas (da Brokhausen à Brittanica) eu achei via Net.

Como alguns amigos já detectaram, sou atualmente um dependente da Web. De que outra maneira eu leria cotidianamente os melhores jornais brasileiros, o Liberation, Il Manifesto e, habitual e alternadamente, algum diário europeu ou americano de tendência ideológica inversa à minha.

De qualquer maneira, independente desta dispersão (ou justificativa dissimulada), estarei me ausentando por um mês, por conta de uma viagem à Suíça, no mês de Agosto, à convite do Festival de Locarno (Suíça), onde farei parte do júri oficial da competição em vídeo.

Como despedida (uma breve ausência, espero) o opus desta semana é um verdadeiro ofertório de endereços, para enlouquecer ainda mais alguns fiéis que andavam reclamando do excesso de dicas.

Estorvo - o trailer do ano

Esta chegando a hora de conferir toda a polêmica levantada em cima do novo filme de Ruy Guerra, ESTORVO, representante brasileiro na competição oficial de Cannes 2.000. No Rio de Janeiro já está em cartaz. Em São Paulo, um trailer instigante anda sendo divulgado nos cinemas. A peça de divulgação é tão competente que dá vontade de entrar na sala ao lado, caso o filme já estivesse em cartaz. Quem quiser ir preparando o espírito para esta audaciosa aventura de Ruy Guerra pelos labirintos da linguagem cinematográfica precisa visitar o site:

https://www.estorvo.com.br/

Mas, por enquanto, é preciso escolher entre o inglês ou o francês para visitar todas as páginas.


Hélio Silva por Carlos Ebert

Um pedaço da história do cinema nativo (e muito da aventura de iluminar e fotografar filmes no Brasil) pode ser desvendado na belíssima entrevista que o fotógrafo e cineasta Carlos Ebert fez com o grande Hélio Silva. Silva, que entre inúmeros trabalhos, foi o responsável pelas antológicas imagens de O GRANDE MOMENTO e A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA. Para ler e salvar nos favoritos:


https://www.visualnet.com.br/abc/textos/heliosilva.html


Penn por Aguilar

Cena de "The Indian Runner"Atendendo a solicitação do leitor Rogério Sciano (inclusa abaixo), solicitei ao fiel Eduardo Aguilar que escrevesse algumas linhas sobre o filme (que eu sabia, de antemão, ser um dos seus favoritos) de estréia do ator Sean Penn como diretor, THE INDIAN RUNNER (Unidos Pelo Sangue - 91), já que não pude assistí-lo à época de seu lançamento comercial em São Paulo.

"De que Sean Penn era um grande ator, nunca tive dúvida. As pessoas tendem a esperar uma atuação de "impacto" num filme idem, para admitirem a qualidade de um ator, eu não vejo assim. Já em "Picardias Estudantis" ele demonstrava do que era capaz, ainda que as vezes um pouco "over". Pois bem, fiquei muito curioso quando realizou como diretor seu primeiro filme e ao assisti-lo fui surpreendido por um talento assombroso. Se naquele momento me perguntassem aonde estava o futuro do cinema americano, eu diria: Sean Penn. Filme maldito, fracasso absoluto de bilheteria, se não me falha a memória não chegou a fechar uma semana de exibição, sendo em seguida retirado de cartaz. De fato é pouco palatável, fala sobre o reencontro de dois irmãos, muito diferentes entre si, o mais velho é um policial ligado a família, enquanto o outro é problemático, esteve no Vietnã e retorna para "casa" atraindo encrenca. O filme parte de uma canção de Bruce Springsteen sobre uma lenda e um ritual indígena e procura traduzir o espirito dessa canção, que é um espirito caçador, a violência como algo inerente ao ser-humano. Existe uma cena em especial que marcou muito e permanece como imagem recorrente sobre como surge a violência: Viggo Mortensen caminha com David Morse (o policial), eles conversam sobre suas diferenças numa rua deserta e a noite, surge na direção oposta um outro rapaz, ele esbarra em Mortenssen, os olhares se cruzam, a "fúria" está no ar, o irmão policial impede que a situação se configure, mas a maneira como tudo é filmado traduz sem qualquer retórica como a violência se impõe.

Cena de "The Indian Runner"Em outro momento é impossível não estabelecer um paralelo com o relacionamento turbulento que o ator tivera com a cantora pop Madonna, o personagem de Viggo discute com a namorada, muito bem interpretada por Patrícia Arquette, ela parece não conseguir compreendê-lo ao que ele responde com um acesso de fúria. Há ainda o melhor momento da carreira de Charles Bronson, impecável como o Pai dos dois irmãos, que tem uma cena extremamente comovente vendo velhos filmes super-8 da família.

Uma espécie de ode à rebeldia, uma provável e corajosa tentativa de compreender a si mesmo e tudo isso filmado com especial talento, seja nos movimentos muito bem conduzidos da câmera ou na montagem que procura valorizar o tempo necessário para compreender as ações que movem os personagens.

Aliás, o elenco é dirigido com muito segurança, atenção e carinho e essa qualidade é o que parece comprometer o filme seguinte de Sean: "The Crossing Guard", no qual os atores estão muito soltos e improvisando em excesso, comprometendo o resultado final, o que me fez repensar a idéia de que ele possa ser o maior talento entre os novos diretores americanos, fico aguardando um terceiro trabalho, mas o que não se pode negar, é que Sean é um poderoso "autor", com sua temática sempre depressiva sobre as relações humanas, mas que ainda assim, sobre esse prisma, consegue enxergar alguma luz no fim do túnel." - Eduardo Aguilar

Sites relacionados à Sean Penn estão inclusos abaixo.


Sites de Diretores - Solicitados por Leitores

Federico Fellini

(web page em francês)

https://members.aol.com/cseigne/fellini.htm

(site oficial da Fundação Federico Fellini)

https://www.federicofellini.it/

https://www.federicofellini.it/home1.htm

(páginas em italiano)

https://www.cinemaitalia.com/fellini/index.html

https://www.raiuno.rai.it/raiuno/schede/0016/001632.htm

https://www.cinemaitalia.com/fellini/fel_film.html

https://www.monteuve.com/filmografia/fellini.html

(textos em inglês)

https://www.nwlink.com/~dbmeek/bluepage.html

https://www.lib.berkeley.edu/MRC/fellini.html

https://members.aol.com/gerrym22/intro.htm

https://www.brightlightsfilm.com/26/fellini1.html

https://www.auschron.com/film/pages/people/587.html

(livro sobre Fellini)

https://pup.princeton.edu/titles/4977.html

 

William Friedkin

(web page)

https://www.williamfriedkin.com/

(textos em inglês)

https://www.brightlightsfilm.com/24/friedkin.html

https://www.afionline.org/haroldlloyd/friedkin/

(em italiano)

https://www.scaruffi.com/director/friedkin.html

 

Nelson Pereira Dos Santos

https://www.uff.br/lia/nelson.htm

https://chatter.uol.com.br/batepapo/
arquivo/bp_500anos_cinema.htm

https://www.cinematheque.bc.ca/archives/santos.html

https://www.geocities.com/Hollywood/Agency/8041/nps3.html

https://www.incaa.gov.ar/incaa/santos.htm

https://filmhaus.polyfilm.at/brasilien/brasilien.htm

https://www.facom.ufba.br/labirinto/nps.htm

(livro sobre a obra)

https://www.usp.br/edusp/livros/livro48.htm

 

Babenco dirigindo "Pixote"Hector Babenco

(site oficial)

https://www.uol.com.br/hectorbabenco/1index.htm

(livro sobre Babenco)

https://www.123open.com/libros/0000/8481/8481550221.shtml

 

Fernando Solanas

https://www.regards.fr/archives/1997/199702/199702pas01.html

https://www.tau.ac.il/eial/IX_1/tzvital.html

https://www.close-up.it/frontpage/10-99fp/Solanas/SolanasCloseUp.html

https://www.piazzolla.org/works2/piazzollaastorsolanas.html

https://members.es.tripod.de/Iguazu/iguazu6/cinedocumental.html

 

Sean Penn

https://www.geocities.com/Hollywood/Bungalow/6339/

https://www.fortunecity.com/lavendar/
eastwood/464/penn.html

https://people.aol.com/people/pprofiles/
celebhomepage/0,3371,104,00.html

https://www.internetcity.com/seanpenn/

https://mrshowbiz.go.com/people/seanpenn/

https://members.xoom.com/ragingactors/penn/pennimage.html

 

David Fincher

https://www.davidfincher.net/

https://www.zonafreak.com/davidfincher.htm

https://www.thedigitalmoviecompany.com/fincher/

https://members.xoom.com/intrloper9/fincher.htm

https://mypage.direct.ca/c/crm114/fincher.html


A VOZ DO LEITOR

Sobre OPUS 48 - um manifesto

Os sites tupiniquins, existem vários, não citados, porém de cineastas realmente famosos é muito escasso, há o do Barretão, com futuros projetos, alguns independentes, sites de filmes,realmente tudo isso para um internauta ligado achar fácil. Claro que muitos cineastas ainda não vêem a internet com bons olhos. O cinema nacional não vê com bons olhos.

O que o Eduardo Aguilar escreveu faz muito sentido, mesmo ele sendo um admirador do Raul Seixas. Veja o Lars Von Trier: primeiro ele quebra com a música, depois faz um musical. Na minha opinião, o cinema é uma das artes que mais se integra à música, pois uma canção abraça a imagem dando-lhe vários sentidos. No seu caso por exemplo: em seus filmes a música é elemento crucial, uma personagem. No caso de alguns filmes, no entanto, a música vem entrar com firulas desnecessárias, dando ritmo a cena que não lhe cabe. Um filme, cujo o diretor me foge agora a cabeça, VOLARE, VOLARE, ele brinca com a música e os ruídos em cena, quando uma das personagens, que é um cara que faz ruídos para cinema, coloca sons de desenho animado em um filme pornô, o sentido muda, o que o filme quer passar muda.

Me lembro de uma palestra do David Tygel (fez a trilha de O HOMEM DA CAPA PRETA e QUEM MATOU PIXOTE), ele mostrou filmes sem a música, depois mostrou como o sentido mudava. Realmente, na vida real a trilha não existe, mas em certos momentos, quando algo acontece de importante na sua vida, você não vê a música do Senna tocando, mas na sua cabeça você queria que tocasse a 40º de Mozart; pois, como disse certa vez para mim uma professora, a vida são violinos que sempre tocaram.

Está em minhas mãos um memorando que o MINC rodou na net, pretendo ler com calma, mas no pouco que bati o olho percebi que quanto mais mexer na lei, mas ela fede. O cinema brasileiro é como aquela música do Tom Waits: RAINDOG, onde ele fala que quando os cachorros saem para passear, eles marcam o caminho de volta pelo cheiro, porém quando chove eles ficam ali parados, uivando sem saber: "O que foi que deu errado". Na realidade, no meu ponto de vista, o cinema apenas perdeu o caminho de volta: há ótimos filmes, há mercado, porém a chuva chegou e ninguém mais sabe o caminho de volta. Devemos achar um caminho para frente, sem se preocupar com a volta, afinal a vida são violinos que sempre tocam. Sempre achei que o cinema é uma arte coletiva, todos devem se unir, os veteranos com os que ainda estão iniciando, unir polos de discórdia, por um mesmo fim: o cinema. No Brasil, além de leis que precisam ser melhoradas há uma exploração da parte das majors norte-americanas: o filme deles chega pago, quem ganha são só eles, nós vemos aqueles enlatados, enquanto o que deveria ser o nosso espelho filosófico, passa a ser muitas vezes piada. Sobre a coletividade do cinema, a música e as marmeladas que rolam basta saber (não querendo lhe ensinar, longe de mim, mas basta que eu saiba), o cinema é como uma banda de Jazz, onde todos improvisam ao mesmo tempo, porém em uma mesma viagem, quando mais você saca de Jazz (no caso cinema), mais você fica incompreendido. E quando todos começam a gostar é quando ele fica ruim. Engraçado, nem o cinema nacional nem o Jazz são populares aqui no Brasil, seria o brasileiro um povo burro? Ou é o povo que não gosta de se olhar no espelho? Bem, Reichenbach, termino esse manifesto com uma câmera na mão, um trumpete na boca e uma dúvida na cabeça.

Um grande abraço,

Jean Diego Silva Nogueira Barros


Ainda Sôbre Música

Olá, Carlão.

Meu nome é Haymone, tenho 18 anos, nasci e moro desde então em Recife. Em comparação com as outras cidades do nordeste, Recife é até bem abastecida em cinemas, mas ainda assim é bastante deficiente. Portanto, fica muito difícil de assistir as coisas que você costuma citar na sua coluna (mesmo sabendo que muitas delas são difíceis de se encontrar mesmo nas cidades maiores). Mesmo assim, nós fazemos o possível para assistir filmes fora do circuito convencional (e muitas vezes até os convencionais deixam de chegar aqui).

Além do cinema, sou um grande fã de música. E, recentemente, tenho me interessado bastante por trilhas sonoras, mas não conheço nada sobre o assunto. Gostaria de saber mais sobre músicos e diretores que inovaram na trilha sonora de seus filmes. Aprecio bastante a trilha sonora de Funny Games, realizada pelo saxofonista John Zorn, que fez uso de experimentações sônicas e jazzísticas. Gosto também das trilhas sonoras dos filmes de Kubrick, e da maneira como elas são utilizadas. Mas paro por aí. Gostaria que, se possível, você me recomendasse alguns filmes e/ou trilhas sonoras que sejam inovadoras nesse aspecto.

É isso!

Haymone Neto


Haymone,

seriam precisos vários opus para atender à sua solicitação.

Um ótimo endereço eletrônico (em espanhol) à ser consultado sobre trilhas fundamentais é o da Banda Sonora:

https://www.geocities.com/Hollywood/7539/e_puerta.html

Outro endereço para ler (em português) à respeito da evolução histórica da trilha sonora:

https://www.mnemocine.com.br/cinema/somtextos/trilha.htm

Mas, só para não passar batido, procure conhecer, entre tantas, a impressionante contribuição do grupo Popol Vuh. Existe uma seleção completa de três cds com todas as trilhas do grupo para os filmes de Werner Herzog. Visite o endereço:

https://utenti.tripod.it/popol_vuh/disc.htm

Para se manter informado sobre trilhas sonoras, estes são alguns dos melhores endereços:

- sites brasileiros -

https://www.scoretrack.net/

https://go.to/maintitle/

https://www.geocities.com/Hollywood/Star/3988/

- sites estrangeiros -

https://www.cinemusic.net/

https://www.filmscoremonthly.com/

https://www.soundtrack.net/

https://www.filmmusic.uk.net/indexslow.html

https://www.scoretracks.com/

https://filmmuziek.digibel.be/search.cgi

https://www.freespeech.org/eclectica/rundowns/index.html

https://www.filmtracks.com/

https://utenti.tripod.it/newage_soundtracks/

https://www.scorereviews.com/

https://www.geocities.com/Hollywood/Lot/9045/index.html

https://www.geocities.com/filmscoremagic/index.html

https://clubs.yahoo.com/clubs/thefilmmusicclubhouse

https://members.tripod.com/ScoreSheet/

https://amfilm.com/scores/

https://www.ala.it/fmastudio/


Filme Sueco

Caro Carlos,

Cena de "Fucking Amal"não tenho lido a tua coluna no Terra ultimamente, portanto já me desculpo caso tenhas falado neste filme, e também espero que o tenhas visto, mas é que eu preciso da tua opinião para "mantelar" o desmantelado entre meus amigos sobre o filme "Amigas de Colégio", acho que é este o nome podre que deram aqui para a película que na Suécia foi batizada de "Fucking Amal" (Amal é o nome da cidadezinha onde se passa a história) e nos EUA de "Show me love". Bem melhor, né? É o filme que trata de duas colegas que se apaixonam. Ele mostra toda a problemática do homossexualismo na adolescência blá, blá, blá, blá. É uma história comovente. E eu gostei. Só que o grande problema é que o filme foi considerado gay por alguns heteros conhecidos meus que o assistiram pois eles não se identificaram com as personagens e nem o adágio de Albinoni que toca no meio foi capaz de emocioná-los. Por outro lado, os gays o aplaudiram. Como tratar de um tema como este sem separar a opção sexual? Não só em se tratando de sexo, mas até que ponto o público deve se identificar com os personagens para que se "entenda"/goste de uma história? Como tratar de um assunto minoritário e fazê-lo interessante? Pergunto pois acho que o filme foi injustiçado. Também não sei se as criaturas acabaram com o filme pois estavam entre amigos e "eu, hein, eu sou espada" só para não dar o braço a torcer. Aquelas palhaçadas...

O filme é muito bom.

Desculpa aí o abuso. Estás até parecendo Mãe Dinah. Valeus,

Israel de Castro - POA


Israel, se voce gostou tanto de FUCKING AMAL, voce não está sozinho. Vários amigos, que não fazem parte do exército referido, elogiaram o filme. Eu ainda não vi, mas recomendo uma visita aos seguintes endereços:

(em português)

https://www.zetafilmes.com.br/inter.moodysson.htm

(em inglês)

https://www.canit.se/~bigmac/forum/messages/481.html

https://www.cse.unsw.edu.au/~peteg/toto/amal.htm

https://www.cinephiles.net/Show_Me_Love/Film-Synopsis.html

https://web.tiscalinet.it/cinema2000/recensioni/fucking_amal.htm

https://www.stud.ee.ethz.ch/~emschmid/fa/lukasinterview.html

https://www.indiewire.com/film/interviews/
int_Moodysson_Lukas_991020.html

 

Filmografia Básica

Carlão,

sei que o que vou lhe perguntar não deve ser muito fácil de responder, mas vai lá:

1- Gosto muito de cinema, e gostaria de saber, em sua opinião, quais são os filmes essenciais para se assistir, para que se possa ter uma visão crítica com relação ao cinema? Ou seja: qual é a filmografia básica para que se possa ter uma noção das várias linguagens, ou estilos, no cinema?

2- Existe algum material didático bom para se entender melhor de cinema?

Sei que minhas perguntas são um pouco confusas. Mas meu objetivo é tentar um olhar mais crítico para as coisas que eu vejo. Além disso, se possível, gostaria de saber sua opinião sobre o cineasta argentino Fernando Solanas (principalmente com relação ao filme Sur), e qual sua opinião sobre o filme Indian Runner, do Sean Penn.

Obrigado,

Rogério Sciano

 

Fã de Fellini

Sempre leio sua coluna e gosto muito de suas opiniões. Gostaria de saber sua opinião sobre CLUBE DA LUTA e DE OLHOS BEM FECHADOS e se há algum endereço na internet sobre Fellini.

Um abraço,

Marco Rodrigo Miranda Almeida - POA

 

Em resposta ao Rogério, que solicita a minha opinião sobre os filmes fundamentais, eu recomendo uma revisão dos opus anteriores (que podem ser acessados abaixo, no Índice de Colunas). Relacionei recentemente os meus filmes de cabeceira. Outra dica: uma visita periódica ao site do Mnemocine, que vale um curso de cinema (o site está indicado na relação dos endereços sobre trilha sonora). Com relação aos livros são tantos que me obrigariam a ocupar (novamente) um espaço imenso da coluna. Se o leitor entrar, de vez em quando, nos sites indicados (sobretudo em sua página de entrada - normalmente nominada como "home") encontrará material substancioso para estudo.

Fernando Solanas é o mais polêmico e respeitado cineasta da Argentina. Polêmico pelas posturas ideológicas (foi, inclusive, candidato alternativo à presidência da República) radicais. Respeitado por fazer um cinema pessoal e nunca conformista (na forma e no conteúdo). Se tivesse que destacar um filme de sua obra, não seria El Sur (realizado ainda no exílio) mas LA HORA DE LOS HORNOS, dos anos 60, que até hoje é provocativo e essencial.

Sobre CLUBE DA LUTA a coluna já se deteve por algumas semanas, chegando a gerar uma intensa polêmica entre os leitores. Quanto a DE OLHOS FECHADOS acho que tudo já foi dito pela imprensa mundial. É um filme que exige atenção pela importância de seu diretor.

Confesso que não sou um cultor da obra de Stanley Kubrick; trata-se de um autor respeitável pela intransigência artística, mas ligeiramente frio e calculista para o meu gosto pessoal e para quem os filmes eram sempre exercícios de dissimulação. Sou apaixonado pelos autores que não se escondem atrás de seus filmes, mas que, ao contrário, expõem sem pudor, em sua dramaturgia, as obsessões mais íntimas, entre horrores, êxtases e ternuras. É difícil saber quem foi Kubrick tendo apenas como referência os seus filmes.

Por outro lado, à exceção de GLORIA FEITA DE SANGUE, os filmes de Kubrick sempre ressoaram suscetíveis à época em que foram feitos ou lançados. Explico: rever hoje, 2.001, UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO e LARANJA MECÂNICA pode ser uma experiência frustrante para quem (como eu) ainda considerava-as obras de referência.

Em suma, DE OLHOS BEM FECHADOS é um belo filme (menor, para alguns) de um diretor competente, criativo e respeitado, mas que dificilmente abria a guarda e quase sempre escondia o jogo.

CARLOS REICHENBACH


Comentários, desgostos, bombas e coquetéis podem ser enviados para: reichenbach@terra.com.br

Visite a home page do cineasta: https://members.xoom.com/creichenbach


Saiba mais:


Biografia

Filmografia

Índice de colunas


Copyright© 1996 - 2003 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.