|
Ronin No filme Forest Gump, Gump está sentado num banco comendo chocolate e comparando-o à vida, a gente nunca sabe o sabor que vai pegar. É horrível quando esperamos nougat, ou chocolate puro, e mordemos algo como geléia de morango. Em Pulp Fiction, existe uma pasta de executivo que John Travolta abre, sorri, mas nós nunca sabemos o que ele encontra dentro dela. Em Ronin, a história da pasta de executivo me deixou frustrada. Mas eu não posso dizer mais nada porque não quero estragar a surpresa do filme. Ronin é um bom filme de ação. Robert de Niro dá um show de interpretação, como sempre. Ele me fez lembrar o seu personagem num dos primeiros filmes de Scorcese, Mean Streets. De Niro faz o papel de Johnie, um italiano-americano mafioso. Na cena inicial do filme ele coloca uma bomba numa caixa de correio, sai correndo e espera explodir só para dar risadas. Ele gasta o seu tempo com um bando de outros mafiosos, mas tem algo de especial em relação a ele. Ele é diferente. O mesmo acontece aqui. De Niro é um americano que se junta a um grupo de agentes secretos internacionais que estão à procura de uma pasta de executivo. O filme se passa em Paris e no sul da França, é cheio de cenas de ação e perseguição de carros. No final do filme eu estava me sentindo num fliperama dirigindo um daqueles carrinhos, simulando acidentes, mas nunca se machucando feio. Só que desta vez não é animação, são belas ruelas onde franceses e turistas calmamente lêem Le Figaro e fumam Guloises. Vale a pena conferir. Ronin, EUA, 1998. De John Frankenheimer. Com Robert De Niro, Jean Reno, Jonathan Pryce, Natascha McElhone e outros. Bárbara
Kruchin é artista plástica e aficcionada por cinema.
Ela é brasileira, mas mora em Nova York desde 1991, onde cursou
a School of Visual Arts.
|
||
Copyright© 1998 ZAZ.
Todos os direitos reservados. All rights reserved.
|