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Saving Private Ryan

Saving Private Ryan acaba de ser lançado nos Estados Unidos. É o último filme de Steven Spielberg, sobre o desembarque americano em Omaha Beach durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo Amy Taubin, crítica de cinema do guia de entretenimento semanal de maior circulação na "grande mela", o Village Voice, o filme foi feito para ganhar as estatuetas douradas em mrço, na grande festa hollywoodiana.

Ela diz que Private Ryan começa como Jaws, com muito sangue e órgãos rolando, e termina como Jurassic Park, com frágeis seres humanos terminando num combate mortal com monstros armados. Neste caso os monstros são os tanques alemães. Do ponto de vista cínico e sarcástico o que ela diz é verdade.

Já Janet Maslin, do conservador New York Times, achou o filme brilhante. Ela diz que desde o fim do gênero western o filme de combate tinha se desintegrado em filmes de cinicismo, violência exagerada, e vitórias sem grande significados. Na opinião dela, Spielberg fez o relógio voltar átras, restaurando paixão e significado aos filmes de guerra, a mostra uma visão de guerra que nunca tinha sido vista anteriormente.

Andrew Johnston, crítico da Time Out New York, revista semanal nada conservadora, achou o filme um drama extraordinário sobre a segunda guerra mundial. Segundo ele, Private Ryan e o Raging Bull do Spielberg. Eu acho que o filme é muito eficiente em seguir todas as regras que fazem o espectador aumentar a tensão e depois passar por momentos mais aliviantes para receber a outra dose de violência.

O filme é previsível. Fora previsível, tem muita violência explícita. Pode-se traçar um paralelo entre um filme erótico e um filme de sexo explícito. O filme de sexo explícito é chato, mas mostra todas as partes principais. O filme de Spielberg mostra muitos membros voando, estômagos abertos, etc e tal.

Schindler's List é um filme muito mais complexo e menos explícito. Assim como A Escolha de Sofia, para citar mais um drama sobre a Segunda Guerra que me vem em mente. Embora brilhante cinematograficamente, o filme é como uma comida que tem todos os ingredientes certos mas onde fica faltando um ingrediente que dá um sabor especial nunca experimentado. Como ouvir música que nunca se ouviu antes.

Saving Private Ryan tem atores bons, bonitos e fortes, dramas verossímeis, um bom roteiro, truques cinematográficos incríveis e um monte de dinheiro para produzi-los. É um belo espetáculo.

Saving Private Ryan, EUA, 1998, 170min. De Steven Spielberg. Com Tom Hanks, Tom Sizemore, Edward Burns, Barry Pepper e outros.

Bárbara Kruchin é artista plástica e aficcionada por cinema. Ela é brasileira, mas mora em Nova Iorque desde 1991, onde cursou a School of Visual Arts.

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