Na disputa pelo Oscar, o que vale mesmo é a vitória
Quinta, 14 de março de 2002, 13h37
Os astros de cinema podem até vir com aquele famoso discurso: "Oh, ser indicado já é ótimo." Mas não acredite neles, ainda mais quando se trata do Oscar. Tais famosos de aparência humilde nada mais querem agora do que levar a maior honra de Hollywood, que será entregue na 74ª premiação da Academia em 24 de março, em cerimônia transmitida para quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e apresentada pela atriz Whoopi Goldberg. "Quase todos no setor já sonharam com isso", disse o diretor de Uma Mente Brilhante, Ron Howard, no almoço anual dado esta semana pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede o Oscar. O filme de Howard está concorrendo em oito categorias. O britânico Tom Wilkinson, indicado a melhor ator por Entre Quatro Paredes, disse que os maiores atores "jogam para ganhar" - em um trocadilho, uma vez que os verbos "jogar" e "interpretar" são a mesma palavra em inglês, "play". O indicado a melhor ator coadjuvante Jon Voight, pelo filme Ali, ainda inédito no Brasil, disse que há muitas premiações, "mas a grande é o prêmio da Academia". Ganhar significa um legado instantâneo para uma novata como Halle Berry, de A Ûltima Ceia, ou um clímax da carreira para um veterano, como o diretor Howard, que já foi ator-mirim. Este ano, as campanhas dos estúdios pelo Oscar foram mais caras - e mais negativas - do que nunca. Mesmo assim, a corrida ainda está aberta em muitas categorias, incluindo melhor filme. No penúltimo domingo do mês, trajando vestidos de gala e smokings impecáveis, os astros estarão tremendo. "Fiz o discurso de agradecimento no chuveiro tantas vezes ao longo dos anos", disse Howard. "E nem me lembro mais dele, agora que há a chance de eu precisar."
Reuters
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