Após 42 anos, cerimônia do Oscar volta a Hollywood
Sábado, 16 de março de 2002, 15h24
Os não iniciados talvez se surpreendam ao saber que Hollywood, a indústria do cinema, não faz sua maior festa anual, a entrega do Oscar, na localidade de Hollywood há mais de quatro décadas. A última vez em que isso aconteceu foi em 1960, no famoso teatro Pantages. Mas agora, após 42 anos, a festa dos prêmios da Academia está voltando para casa, para um teatro novo em folha erguido no ambiente mais típico possível do sul da Califórnia: um novo shopping. O Kodak Theatre foi aberto em novembro do ano passado como parte de um complexo de varejo e entretenimento chamado Hollywood & Highland, erguido pela TrizecHahn Corporation, por 615 milhões de dólares, num local mais conhecido nos últimos anos por suas armadilhas para turistas e restaurantes de fast-food do que pelo glamour hollywoodiano. A Eastman Kodak concordou em pagar supostos 75 milhões de dólares, num prazo de 20 anos, pelo direito de dar seu nome ao teatro, que já abrigou shows de Barry Manilow e Celine Dion. Preparativos estão adiantados Ainda em outubro, não se sabia ao certo se a festa do Oscar de fato teria lugar no novo teatro, depois que a Academia de Artes e Ciências do Cinema disse que estava preocupada com a segurança, principalmente após os ataques de 11 de setembro. Mas os problemas foram resolvidos até o prazo final fixado pela Academia, 15 de outubro, e as ruas dentro e em volta do shopping já vão começar a ser fechadas em preparação para a cerimônia de entrega dos prêmios, marcada para 24 de março. Algumas ruas mais importantes, incluindo um trecho do Hollywood Boulevard, ficarão fechadas por cinco dias ou mais para a instalação da iluminação, das arquibancadas, dos tapetes vermelhos e das barricadas que fazem parte do show anual do Oscar. O gerente-geral do complexo Hollywood & Highland disse à Reuters que haverá centenas de seguranças no dia do Oscar, tanto públicos quanto particulares, uniformizados e à paisana. No dia do Oscar, o shopping ficará fechado e só o teatro será usado.
Reuters
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