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Controle
da mente não convence em Comportamento Suspeito
Steve e Rachel descobrem segredos escabrosos no asilo de Cradle
Bay |
A linha "terror
adolescente" continua a abastecer as telas com roteiros inconsistentes
e rostos bonitos. Em Comportamento
Suspeito, a dobradinha se repete pelas mão de ninguém
menos que David Nutter, diretor de episódios de
Millennium e Arquivo X, duas boas séries do gênero
sci-fi/terror.
Na cidadezinha de Cradle Bay, os jovens ou
são desajustados, ou pertencem à irmandade perfeita dos
Blue Ribbons, pilares da escola local – caretas empertigados
em uniformes azuis, disciplinados e saudáveis, mas com uma estranha
propensão a surtos de violência e esquisitice.
Depois do suicídio do irmão mais velho, Steve (James Marsden,
um perfeito candidato a Blue Ribbon) se muda com os pais e a irmã
para a cidade. Sua rebeldia ancorada no sofrimento pela perda do irmão
é dura de engolir. Como bom desajustado,
ele logo se sente atraído pela rebelde de butique Rachel (Katie
Holmes, do seriado Dawson's Creek) e por Gavin (Nick Stahl), que suspeitam
do comportamento estereotipado dos colegas. O caminho da verdade
leva às experiências do Dr. Caldicott (Bruce Greenwood),
um maluco que convence os pais a permitir uma intervenção
cirúrgica para eliminar qualquer rastro de conflito ou personalidade
das cabecinhas dos filhos.
Gavin logo é transformado em um Blue Ribbon, enquanto os dois mocinhos
tentam escapar da mesma sina. O único personagem realmente divertido
é o zelador da escola, Newberry (William Sadler), um misto de raticida
e faxineiro, que inventa um sistema capaz de enlouquecer um Blue Ribbon
com uma espécie de som de alta frequência. A facilidade com
que a engenhoca dá cabo da história é constrangedora.
(Cássia Borsero)
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