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Wes Craven revive o vampirismo em "Drácula 2000"
Drácula 2000 parece ter saído da era de ouro dos filmes B - a década de 50 -, quando as produtoras conseguiam vender ingressos para um filme baseadas apenas em seu título.
A trama de Drácula 2000 traz muitas referências a fontes tão diversas quanto Nosferatu, Matrix e - acredite se quiser - A Última Tentação de Cristo.
No todo, porém, este filme, aparentemente feito às pressas, dá a impressão de ser obra de pessoas que foram improvisando à medida que filmavam.
Wes Craven pode ser o apresentador da obra e um de seus cinco produtores executivos, mas os créditos dão o nome de Patrick Lussier - editor da trilogia Pânico, de Craven, e diretor de Anjos Rebeldes (3): O Ascendente, lançado diretamente em vídeo - e de Joel Soisson como roteirista, de modo que a culpa deste fiasco pode ser distribuída entre várias pessoas.
Após um breve prólogo no final do século 19, o filme chega ao que interessa na Londres contemporânea, apresentando Matthew Van Helsing (Christopher Plummer) como um rico negociante em antiguidades cujo avô teria inspirado o personagem do matador de vampiros em Drácula, de Bram Stoker.
Na realidade, porém, Matthew não é Matthew, e sim o próprio Abraham, com mais de 100 anos mas aparentando não ter mais de 70. Ele conquistou a imortalidade com a ingestão esporádica de sangue do lendário Conde Drácula, que permanece preso dentro de um caixão encerrado a vácuo, numa câmara mortuária aparentemente inexpugnável.
Infelizmente, porém, uma gangue de ladrões consegue arrombar a câmara. Mais infelizmente ainda, os ladrões abrem o caixão a bordo de um vôo para as ilhas Cayman. É o sinal para a saída do renascido Drácula (Gerard Butler), que rapidamente mata sua sede de sangue e então, não se sabe bem como, faz o avião mudar de rota e dirigir-se a um pântano próximo a Nova Orleans. (Reuters)
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