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"Planos Quase Perfeitos" não atinge a perfeição
O que poderia ser um grande filme parou no meio do caminho. O título deste thriller exemplifica bem a produção. Um bom roteiro, um elenco promissor, um cenário e fotografia interessantes em meio a situações deseperadoras impulsionadas por chantagem, tráfico, roubo, estupro e traição.
Apesar de todos os aspectos interessante, Planos Quase Perfeitos não consegue emplacar. Talvez seja pela necessidade explícita de parecer "cool" e exageradamante original.
Produzido a partir do roteiro original de Ted Griffin, o filme de Mike Barker tem suas qualidades e defeitos.
A história se passa em Tropico, um lugar pobre e ordinário, que parece estar próximo ao deserto.
Lá encontra-se Nick (Alessandro Nivola), um jovem que deixou a cidade, mas retorna para cuidar de seu pai que está morrendo. Quando este falece, Nick acredita que receberá uma boa herança e, finalmente, poderá deixar a cidade.
Neste período ele descobre que seu pai devia dois anos de impostos, e o dinheiro não era nenhuma grande herança.
Nick se desepera e envolve-se em uma roubada com traficantes. Para tentar salvar sua pele, acaba envolvendo a namorada Lissa (Reese Witherspoon, A Eleição) e o amigo Bryce (Josh Brolin).
A partir daí, um grande jogo de encontros e desencontros acaba enlouquecendo a vida dos três, que passam a viver um verdadeiro inferno de dúvidas, incertezas e medos.
Qualquer atitude errada torna a situação cada vez mais desesperadora.
O clima é tenso e misterioso. Com a ajuda de uma fotografia em tons quentes e planos diferenciados, este suspense ganha clima noir.
Planos Quase Perfeitos seria o grande Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes para o público teen, mas falta algo para que o filme alcance a tão desejada perfeição.(Luciana Rocha)
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