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Tínhamos uma tarefa: fazer uma cena muito quente e verossímil. Trabalhamos para isso das dez da manhã à uma da tarde, sem intervalos. O resultado? Só saberemos exatamente quando o filme estiver pronto, mas material não vai faltar. Fizemos mais de três rolos, pelo menos 16 minutos de imagem, para uma cena que deve durar de 2 a 3 minutos. Como, numa cena assim, o diretor (eu) fica falando coisas para os atores com a câmara ligada, o som direto fica um pouco prejudicado, de modo que, após o almoço, fizemos uma divertida sessão de gritos e sussurros (mais alguns tapinhas) em volta do microfone. Na seqüência, filmamos a despedida de Júlio, uma cena meio triste, cheia de silêncios, com um clima oposto à da transa. O ritmo de trabalho caiu um pouco, provavelmente pelo desgaste emocional da manhã, mas conseguimos terminar tudo às seis da tarde. E assim concluímos mais uma cenário – o quarto de Anamaria. Com a equipe e o elenco cansados, decidimos apenas planejar a filmagem de amanhã, para que a luz seja feita o mais rápido possível. E deu pra nós. Acompanhe o dia-a-dia das filmagens de Tolerância e veja imagens exclusivas em Atrás da Câmara.
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