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Não podíamos simplesmente abandonar tudo o que havíamos preparado para a interna (ensaios no local, planejamento, colocação da luz, etc.), e assim decidimos ficar no quarto até a hora do almoço, às duas da tarde, filmando tudo o que fosse possível, para então parar e rodar pelo menos uma externa à tarde, aproveitando o sol, que desafiava todas as previsões meteorológicas (ameaçadoras desde que chegamos em Gramado). A partir das três da tarde, trabalhamos o mais rápido possível. Às quatro estávamos pronto. Mas rodamos apenas um plano e sol se foi, escondido numa camada negra de nuvens. Segundo o Alex, era impossível continuar apenas com a luz artificial. Nessas horas, tenho uma saudade imensa do estúdio, em que o planejamento não está sujeito a estas rasteiras. Mas ainda tínhamos tempo para trabalhar, e voltamos para completar a interna no quarto, com os planos que faltavam da Maitê Proença. Acho que, no final das contas, o saldo foi positivo: fizemos uma cena interna complexa, eliminando mais um cenário, e ainda adiantamos uma externa. Para amanhã, temos três opções diferentes de ordem do dia: com sol, nublado ou chuva. Os atores não gostam muito, porque chegam para a filmagem sem saber exatamente o que será feito. Cinema, contudo, ainda tem uma certa dose de imponderabilidade, e isso não deixa de ser interessante. (Mas, quando se é responsável por uma equipe de quarenta pessoas, ainda prevalece a minha saudade do estúdio). Acompanhe o dia-a-dia das filmagens de Tolerância e veja imagens exclusivas em Atrás da Câmara.
CAPA
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