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Filmamos primeiro os planos da grande fala de Márcia, de diversos ângulos e respeitando sua movimentação. Depois fizemos momentos específicos de sua defesa: para os jurados, para o promotor e para o auditório (tínhamos 50 figurantes). Finalmente, rodamos alguns planos com o público. No meio deste está Juvenal (Werner Schünemann), em sua primeira aparição em "Tolerância". Juvenal é irmão do fazendeiro morto e terá papel decisivo na trama que envolve Teodoro. Werner estava testando uma barba crescida para atuar em outro longa ("Netto perde sua alma", de Beto Souza e Tabajara Ruas) e, quando foi chamado para nosso filme, estava prestes a cortá-la. Mas, quando apareceu na Casa de Cinema barbudo, já vislumbrei ali o visual do personagem e pedi que deixasse.
O plano mais complicado foi o do resultado do julgamento, que exigiu bastante planejamento da figuração. Uma coincidência interessante: quando conseguimos rodar o plano com êxito, nossos aplausos coincidiram com os foguetes que saudavam o Grêmio, campeão gaúcho de futebol, ao derrotar o Internacional por um a zero. Assim, minha alegria foi dupla: pelo filme e pelas 24 latinhas de cerveja que ganhei numa aposta com o baiano Cristiano, o assistente de câmara que veio do Rio para forrar minha geladeira. E foi no momento exato, porque amanhã é a terceira fooooollllgaaaa. E deu pra mim. Acompanhe o dia-a-dia das filmagens de Tolerância e veja imagens exclusivas em Atrás da Câmara.
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