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Resultado da eleição em São Paulo mostra mudança de voto nas periferias em Lula e Bolsonaro

Lula e Haddad foram mais votados em boa parte das periferias de São Paulo; em 2018, várias zonas eleitorais nas quebradas deram maioria a Bolsonaro

11 out 2022 - 11h40
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As eleições para a presidência e para o governo do estado mostram uma mudança no comportamento dos eleitores das periferias de São Paulo na comparação com quatro anos atrás.

Foto: Agência Mural

Neste ano, na maioria das regiões nos extremos da cidade, o PT obteve mais votos tanto para governador quanto para presidente, diferentemente de 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu ser mais votado na maioria das quebradas.

No Brasil, Lula obteve 48% dos votos válidos neste domingo (2) contra 43% de Bolsonaro e os dois disputarão o 2º turno dia 30 de outubro. Contudo, o petista foi menos votado no estado de São Paulo do que o candidato à reeleição.

Há quatro anos, quando o PT era representado por Fernando Haddad, o partido conseguiu vencer em apenas quatro zonas eleitorais da cidade no primeiro turno: Piraporinha, Parelheiros e Grajaú, na zona sul, e Cidade Tiradentes, na zona leste.

Desta vez, com Lula como candidato, houve mais votos em 41 zonas eleitorais - a maioria delas nos extremos de São Paulo. No total, o ex-presidente tem vantagem de 47,5% dos votos contra 37,9% em toda a cidade, mas algumas regiões deram uma vantagem bem mais ampla.

A maior delas foi na zona sul. Em Piraporinha, zona eleitoral que é formada por bairros do Jardim Ângela, Lula obteve 62% contra 27% de Bolsonaro. No Grajaú, distrito mais populoso da capital, foram 61,77% ante 27% do candidato do PL.

DIVISÃO DA CIDADE NAS ELEIÇÕES: Diferente da divisão oficial de São Paulo, em 96 distritos e 32 subprefeituras, as eleições têm um outro recorte na cidade de São Paulo. A capital é dividida em 58 zonas eleitorais pela cidade. Do total, 33 estão em regiões periféricas.

Na zona leste, Cidade Tiradentes também registrou marca acima de 60% para o petista. Essas três zonas eleitorais já deram mais votos aos petistas em 2018.

Porém, o voto no PT se ampliou pelo restante da cidade. Em Perus, por exemplo, no extremo noroeste, Bolsonaro teve mais votos em 2018. Este ano, Lula obteve 54% dos votos. A mudança foi semelhante em grande parte do extremo leste e oeste da capital.

Por outro lado, este ano Bolsonaro seguiu sendo mais votado no Tucuruvi, na zona norte, onde obteve 44% dos votos, em Pirituba, onde recebeu 43%, e na Vila Maria, onde chegou a 47%. A melhor votação dele foi na Vila Formosa, zona leste, onde obteve 49% dos votos. Este ano, ele teve 17 zonas eleitorais à frente, bem abaixo das 50 que obteve no primeiro turno de 2018.

A situação é semelhante na Grande São Paulo. Enquanto apenas uma cidade deu mais votos ao PT em 2018, Francisco Morato. Este ano foram 25 municípios.

Governo do estado

O voto para governador também acompanhou a votação de Lula nas zonas eleitorais periféricas, mas Haddad teve mais votos em mais regiões - chegou a 44 zonas eleitorais. Ele foi mais votado em Pirituba, Butantã e Vila Matilde, mas em um cenário apertado com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) pesando na votação.

Contudo, o cenário é bem distinto do de 2018, o que dificulta comparações. Na época, Bolsonaro não contava com um candidato apoiado oficialmente no primeiro turno. O PT, por sua vez, havia lançado o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), que ficou apenas na quarta posição no estado.

Apesar disso, ele foi mais votado em vários extremos da cidade: Perus, Brasilândia, Campo Limpo, Capão Redondo, Valo Velho, Piraporinha, Parelheiros, Grajaú, Teotônio Vilela, São Mateus, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista e São Miguel Paulista.

Paulo Skaf (MDB) ficou mais votado no Jaraguá e na Capela do Socorro. Márcio França recebeu mais votos em oito zonas eleitorais da zona leste, enquando João Doria foi mais votado em boa parte da zona norte e oeste da cidade. No segundo turno, França venceu na grande maioria das zonas eleitorais que estão nas periferias.

No estado como um todo, Tarcísio recebeu 42% ante 35% de Haddad e eles disputarão o 2º turno dia 30.

Agência Mural

Agência Mural
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