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Quinta, 31 de julho de 2003, 22h30
Peixe-boi é o mascote deste ano no Pan

EFE

Foto: Divulgação
Ana Richa e Larissa exibem o mascote deste ano
 
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Jogos Pan-Americanos começam nesta sexta-feira
A história dos Jogos Pan-Americanos

A variada fauna da história dos mascotes dos Jogos Pan-americanos inclui desde dois tipos diferentes de aves, um pequeno batráquio autóctone de Porto Rico, o leão que simboliza Caracas, um leão-marinho e até um manatí (peixe-boi), o símbolo de Santo Domingo 2003.

O símbolo dos Jogos de Cali'71 não foi bem um mascote, e sim uma figura antropomorfa da cultura arqueológica Calima, que viveu nessa região do sudoeste colombiano em tempos pré-colombianos.

O Calima é um dos rios mais importantes da região do vale do Cauca, em cujas montanhas habitaram os calimas, que chegaram a ter uma população calculada em um milhão de habitantes.

Para comemorar o pan-americano, a Administração Postal Nacional da Colômbia emitiu selos de correio com a figura pré-colombina, enquanto o Banco da República cunhou uma moeda com valor facial de 50 centavos de então.

No México'75 não houve mascote oficial, mas quatro anos mais tarde, os organizadores dos Jogos de San Juan de Porto Rico'79 escolheram um batráquio de voz aguda e suave muito popular na ilha.

Em todo Porto Rico se pode escutar o "coquí", que canta habitualmente ao anoitecer. Ele é considerado o animalzinho mais autóctone do país e se diz que só nesta ilha pode sobreviver.

O mascote dos IX Jogos Pan-americanos de 1983 foi um leão. O leão foi eleito porque o nome original da capital venezuelana é Santiago de León de Caracas e em seu escudo está este felino.

O nome dado foi, obviamente, "Santiaguito", que animou as diversas disputas como símbolo de força e união entre os desportistas dos países participantes.

Os organizadores dos X Jogos de Indianápolis'87 elegeram um papagaio de bico e pés amarelos, coberto por uma penugem vermelha e ao qual chamaram "Amigo", como sinal de irmandade com o idioma mais falado no continente.

"Amigo" tinha o corpo e as mãos de cor marrom claro e brilhantes olhos pretos. Lucía, além disso, uma papagaia de penas brancas e vermelhas, as cores da bandeira dos Estados Unidos que também apareciam em uma cartola que cobria sua cabeça, enfeitada com os cinco arcos olímpicos.

O simpático papagaio tinha a coluna e os cabelos brancos que, unido ao demais, era impossível não encontrar certa semelhança com o famoso "tio Sam".

Quatro anos depois, os organizadores dos Jogos de Havana também escolheram uma ave, embora nesta ocasião tenha se tratado de um pássaro autóctone da ilha maior das Antilhas, o tocororo.

A mariposa, o tocororo e a palma real são, respectivamente, a flor, a ave e a árvore nacionais cubanas.

O Tocororo (Priotelus temnurus) é uma ave endêmica de Cuba, vive em suas florestas e é considerado o pássaro nacional porque as cores de suas plumas (azul, branco e vermelho) são os da bandeira do país.

Esta ave é, além disso, um símbolo de liberdade, já que não pode viver em cativeiro porque morre em pouco tempo. Esta ave só vive em Cuba, constrói seus ninhos nos buracos das árvores e palmas e se alimenta de insetos que caça durante o vôo.

Durante os Jogos Pan-americanos de Havana'91 esta ave foi escolhida como mascote e denominada "Tocopán", em alusão a competição hemisférica.

O mascote dos Jogos de Mar del Plata'95 se chamou "Lobi" e simbolizava um "leão-marinho", muito comum no litoral do sul da Argentina.

Sua figura aparecia sorridente, com bigodes, uma camiseta de basquete e atletismo com bastões verticais azuis e brancos e no meio do peito um mapa do continente.

Um pato da floresta, pássaro muito característico do Canadá, e uma papagaia, não tão representativa dessa paisagem tão fria mas escolhida para que o pato não se sentisse tão só, foram os mascotes dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg'99.

O pato pan-americano, que tinha uma bonita e multicor plumagem, é um orgulho para os canadenses por ser uma espécie em extinção desde o início do século que agora poder ser encontrado em abundância pelos lagos do país. Mas, quando chega o cruel inverno emigra para as águas mais quentes do sul dos Estados Unidos, México e Cuba.

Este mascote foi escolhido entre os 18 desenhos apresentados em 1997 e o nome entre mais de cem propostos por crianças das escolas primárias do estado de Manitoba.

O particular zoológico pan-americano continua agora em Santo Domingo com o peixe-boi "Tito", um mamífero aquático que corre risco de extinção, mas que habitou a ilha dominicana antes do homem.

"Tito" representa o Tamaury, um peixe-boi que vive protegido no Aquário Nacional onde é um símbolo. Foi resgatado órfão nas águas do Caribe com apenas uma semana de vida e agora é o orgulho de todos.

            

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