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Sexta, 06 de fevereiro de 2004, 13h57
Você já viu um "bico-doce"?

Texto de Flavio de Barros Molina
Chefe do Setor de Répteis do Zoológico de São Paulo

Divulgação / Zôo SP
Lagarto bico-doce do Zôo de SP
Se você tivesse que procurar o bico-doce durante visita ao Zoológico de São Paulo, por onde começaria? Pelo local que vende churros e maçã-do-amor? Nada disso! Bico-doce é o nome popular de um lagarto que pode ser visto no Terrarium, casa onde estão serpentes e outros lagartos.

Conhecido entre os cientistas como Ameiva ameiva, trata-se de um lagarto de médio porte que pode alcançar 55 centímetros de comprimento total. Espécie ainda comum, pode ser encontrada no Panamá e em quase toda a América do Sul.

Ele se adapta bem em qualquer local com vegetação aberta, inclusive em clareiras de mata. Em alguns lugares, recebe o nome de calango-verde ou jacarepinima. Rápido em seus movimentos, procura manter-se escondido junto à folhagem, camuflando-se bem graças ao colorido com mesclas de castanho, creme, verde e tons azulados.

O bico-doce tem hábitos diurnos e terrícolas, ou seja, prefere ficar no chão, evitando subir em árvores e arbustos. Passa a maior parte do dia aquecendo-se ao sol, pois depende disso para elevar a sua temperatura corpórea que, facilmente, pode chegar a 35°C.

Também gasta um bom tempo procurando alimento e, nessas horas, sai esgaravatando o folhiço com o focinho pontudo. Foi provavelmente daí que lhe veio o nome de bico-doce, pois ele vai “metendo o bico” aqui e acolá em busca de comida.

Onívoro generalista, come de tudo um pouco, desde insetos e aranhas até ovos e vegetais. Quando necessário, persegue a sua presa com grande eficiência. Ao final de cada refeição, tem o curioso hábito de limpar a boca raspando-a contra alguma superfície resistente. Entre os seus principais predadores estão várias serpentes, o lagarto teiú e certos gaviões.

Como ocorre com a maioria dos lagartos, na época do acasalamento o macho persegue a fêmea e, quando a alcança, posiciona-se sobre ela, mordendo a sua região nucal. Algumas semanas após o acasalamento, a fêmea deposita entre 2 e 6 ovos no meio do folhiço. Se tudo correr bem, os filhotes nascerão após cerca de dois a três meses.

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